Caso a doença não seja diagnosticada e tratada rapidamente, a infecção pode se espalhar pelo organismo e até levar à morte -  (crédito: Freepik)

Caso a doença não seja diagnosticada e tratada rapidamente, a infecção pode se espalhar pelo organismo e até levar à morte

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O Brasil enfrenta uma crise de sepse, com aproximadamente 400 mil casos anuais e uma taxa de mortalidade de 60% entre adultos, colocando o país entre os líderes globais em mortes pela doença. A sepse, também conhecida como infecção generalizada, é qualquer tipo de infecção que cause algum mau funcionamento de um órgão ou sistema do corpo humano. Reconhecendo a gravidade do problema, entidades de saúde em todo o mundo destacam a importância da condição, levando à criação do Dia Mundial da Sepse, em 13 de setembro. Este dia visa aumentar a conscientização sobre a doença, que é uma das principais causas de morte em unidades de terapia intensiva (UTIs), mesmo em pacientes com doenças não fatais.

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Sintomas da doença

 

De acordo com o médico intensiva e coordenador médico do CTI da Rede Mater Dei, Cláudio Dornas, qualquer pessoa tem risco de adquirir sepse, uma vez que qualquer tipo de infecção pode causá-la. “Os perfis mais vulneráveis para a contaminação da doença são os idosos acima de 65 anos, crianças, principalmente menores de um ano, e os pacientes que têm algum grau de deficiência imunitária”, diz. Os sintomas de sepse podem variar, e os mais comuns são: febre ou calafrios, frequência cardíaca acelerada, pressão arterial baixa, que pode causar tontura ou desmaios, e alterações no estado mental, como confusão ou desorientação. Caso a doença não seja diagnosticada e tratada rapidamente, a infecção pode se espalhar pelo organismo e até levar à morte.

Prevenção e tratamentos

 

De acordo com Cláudio, a melhora do paciente está diretamente relacionada ao seu estado clínico e à experiência da equipe médica que o trata. “Cada minuto conta. A administração rápida de antibióticos e o suporte intensivo são fundamentais para melhorar as chances de recuperação e evitar complicações graves”.

Além disso, a disseminação de informações é crucial para aumentar a conscientização entre profissionais de saúde e a população geral sobre os riscos e a gravidade dessa condição. “Grande parte dos agentes que causam sepse são preveníveis com vacina. Mas também precisamos tomar os cuidados necessários, como: higienização das mãos, lavagem dos alimentos para evitar intoxicação alimentar, evitar tomar água contaminada e beber sempre água filtrada. Aos primeiros sinais de infecção, é preciso procurar o serviço de saúde imediatamente”, recomenda o médico.

 

Protocolos específicos permitem uma identificação rápida dos casos e um início de tratamento mais ágil, garantindo que os pacientes recebam antibióticos mais rápido do que a média do setor de saúde. De acordo com dados do Instituto Latino-Americano (ILAS), a média de tempo para a aplicação de antibiótico é de 60 minutos, em comparação com a média de 50 minutos da Rede Mater Dei.

 

Como forma de prevenção, a Rede Mater Dei de Saúde implementou um protocolo de manejo da sepse. “Nossos hospitais têm se comprometido com o cumprimento de protocolos específicos para a sepse. Nele é possível fazer a identificação precoce e tratamento imediato dessa condição clínica. Sabemos que a rapidez na administração de antibióticos pode ser decisiva para a recuperação dos pacientes e redução das sequelas”, ressalta o vice-presidente assistencial da Rede Mater Dei, Felipe Salvador Ligório.