Apesar do exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) ser amplamente utilizado para detectar alterações na próstata, até 15% dos casos de câncer de próstata podem não causar elevações significativas nesse exame, o que torna o toque retal um exame indispensável. Octavio Campos, médico urologista, reforça a importância dos homens manterem suas consultas regulares para garantir um diagnóstico precoce e eficaz.
Esse fato coloca em evidência a necessidade de realizar o exame de toque retal, especialmente em homens com histórico familiar ou fatores de risco. "O toque retal permite ao médico avaliar a consistência, o tamanho e possíveis anormalidades na próstata que podem não ser percebidas por meio do PSA. É um exame rápido e eficaz para complementar o diagnóstico", afirma o médico.
Infelizmente, muitos homens ainda resistem em realizar o exame de toque retal, por questões culturais ou de constrangimento. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), essa resistência é um dos motivos pelos quais o câncer de próstata continua sendo a segunda maior causa de morte por câncer entre homens no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pulmão.
"É preciso desmistificar o exame de toque. É um procedimento simples, rápido, indolor e que pode salvar vidas. Quanto mais cedo for detectado o câncer de próstata, maiores são as chances de cura", explica o urologista. Ele reforça que a combinação do PSA e do toque retal é essencial para garantir um rastreamento eficaz da doença. "Ambos os exames se complementam, e é esse conjunto que permite uma avaliação mais completa da saúde da próstata", completa.