O tempo seco, as altas temperaturas e a sensação de ar irrespirável tem impactado a vida de milhões de brasileiros nos últimos dias, mas um grupo de pessoas sofre ainda mais nesta situação.
Por estarem em tratamento, os pacientes com doenças renais crônicas não podem simplesmente beber a quantidade de água que desejam. Sem a função renal em plena atividade, essas pessoas dependem de orientação médica para saberem o quanto podem ingerir de líquidos em dias mais quentes.
Além de seguir as recomendações dos profissionais de saúde, os pacientes precisam ficam atentos ao que comem, para não consumir alimentos que possam prejudicar o tratamento.Para evitar esses problemas, o nefrologista Fernado Lucas, diretor médico da NefroClínicas, diz que um ponto é fundamental para ajudar os pacientes a lidar com as limitações impostas pela doença: uma constante hidratação.
Com os dias secos e altas temperaturas, é preciso aumentar o consumo de água para manter o corpo hidratado e, assim, os rins podem cumprir a função de filtrar as impurezas do sangue.
Estimativas apontam que um em cada 10 brasileiros podem ter uma doença renal crônica nos próximos anos, ou seja, quase 20 milhões de pessoas podem estar convivendo com um problema renal sem saber.
Diagnóstico precoce
“Os principais fatores de risco para as doenças renais crônicas são hipertensão e diabetes. Por isso, é importante que as pessoas com estas pré-condições estejam atentas para prevenir eventuais agravamentos nas condições. Acompanhar a evolução do quadro é primordial para evitar problemas futuros”, explica.
O principal problema das doenças renais crônicas é que elas são silenciosas. Quando os sintomas começam a aparecer, o paciente já está com um diagnóstico bem avançado. Por isso, a descoberta precoce da doença é tão importante para dar maior qualidade de vida ao paciente.
O Grupo NefroClínicas, presente em cinco estados brasileiros, desenvolveu um tratamento conservador que leva em consideração o conceito de saúde baseado em valor. Com foco na prevenção, este sistema faz todo o acompanhamento do paciente, realizando exames laboratoriais para verificar se há possibilidade de agravamento das doenças. Em caso positivo, a equipe já inicia o tratamento farmacológico com medicamentos para mitigar os principais efeitos das doenças.
“Temos observado que este tratamento conservador tem se mostrado muito eficiente com nossos pacientes, com resultados promissores. Tanto que fomos selecionados para participar do maior evento de Saúde Baseada em Valor, que acontece agora em outubro, na Holanda. Estamos muito satisfeitos com os casos que vamos apresentar”, explicou.