Em pleno 2024, uma alarmante estatística revela que 80% dos homens ainda têm vergonha de ir ao médico para resolver problemas de saúde que, muitas vezes, são simples de tratar. A relutância em buscar atendimento médico resulta em complicações que poderiam ser evitadas com visitas regulares ao profissional de saúde.

 

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Segundo o Ministério da Saúde, a expectativa de vida dos homens brasileiros é cerca de sete anos menor do que a das mulheres. E um dos principais fatores que contribuem para essa diferença é a menor frequência de visitas médicas por parte dos homens e o diagnóstico tardio de doenças.




De acordo com o médico urologista, Dr. Octavio Campos, diagnósticos tardios poderiam ser evitados com visitas regulares ao profissional de saúde. “Os homens precisam entender que a prevenção é fundamental. Visitas regulares ao médico podem identificar problemas de saúde em estágios iniciais, quando são mais fáceis de tratar”, afirma.


Casos de disfunção erétil, infertilidade, HPV e até mesmo câncer são subnotificados devido à falta de hábito dos homens de procurar tratamento médico. “Essas condições podem ter um impacto significativo na qualidade de vida e, em muitos casos, são facilmente tratáveis se diagnosticadas precocemente. A disfunção erétil, por exemplo, pode ser um sinal de problemas cardiovasculares que precisam de atenção imediata”, explica o urologista.

 

 

O médico alerta que a partir dos 50 anos, é essencial que os homens realizem exames de próstata regularmente. “O câncer de próstata é uma das principais causas de morte entre os homens, e a detecção precoce pode aumentar significativamente as chances de cura. Não há vergonha em cuidar da saúde. Os exames urológicos são procedimentos de rotina que podem salvar vidas”, enfatiza. O médico ainda orienta que homens negros e pacientes com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem ser avaliados a partir dos 45 anos.

 

 

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 30,2% dos homens não procuram atendimento de saúde por não considerarem necessário, enquanto 18,8% mencionam a falta de tempo como principal motivo. “Há uma barreira cultural e social que faz com que os homens evitem ir ao médico. Muitos acreditam que precisam ser fortes e autossuficientes, o que é um equívoco perigoso. Cuidar da saúde é um sinal de responsabilidade e força”, reforça o especialista.

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