A reprodução assistida tem sido cada vez mais buscada, visto que as mulheres brasileiras têm se tornado mães em idades cada vez mais tardias. Trata-se de um conjunto de diferentes técnicas médicas usadas para auxiliar o processo de fecundação de uma mulher. Elas podem ser de baixa complexidade, como a relação sexual programada e a inseminação intrauterina (IIU) ou de alta complexidade, como a fertilização in vitro (FIV) -  procedimento em que fertiliza-se o óvulo com espermatozoides em laboratório. 


O tratamento envolve o estímulo hormonal para promover um processo ovulatório múltiplo, acompanhamento por ultrassonografias transvaginais e a coleta dos óvulos sob sedação, em local seguro e devidamente equipado. Nesse mesmo dia, o homem coleta o sêmen, ou a amostra de espermatozoides já pode estar disponível no laboratório. A partir desse momento, os espermatozoides passam por um processo de seleção para se escolherem os melhores.

 

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A fertilização dos óvulos pode ocorrer de duas maneiras: através da técnica clássica, na qual óvulos e espermatozoides são colocados em um mesmo compartimento e a fecundação ocorre de forma espontânea (FIV clássica), ou pela técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) nos óvulos, que consiste na injeção de um único espermatozoide pré-selecionado dentro de um óvulo.

 




A técnica de ICSI, embora originalmente utilizada apenas para casos de fator masculino grave, atualmente é amplamente adotada e utilizada prioritariamente na maior parte dos serviços, por apresentar melhores taxas de fertilização dos óvulos. 

 

Roberto de Azevedo Antunes, especialista em reprodução humana da Clínica Fertipraxis esclarece que nem sempre a fertilização in vitro é possível, especialmente em pacientes com idade mais avançada ou com menor reserva ovariana, onde há uma menor quantidade de óvulos disponíveis.

 

 

 

Limite

 

Segundo Roberto, o limite para a realização da FIV muitas vezes é determinado pelo bom senso, cabendo ao médico avaliar como cada paciente responde a um determinado estímulo. Assim, pode haver pacientes que respondem de forma menos eficiente às tentativas, necessitando de mais ciclos de estimulação, enquanto outras podem obter uma resposta satisfatória com um único ciclo, conseguindo um número maior de óvulos.

 

“Atualmente, tentamos, dentro do possível, realizar o mínimo de estimulações necessárias para completar a família. Essa estratégia é popularmente conhecida como 'one and done approach', ou seja, um único estímulo para constituir toda a família,” explica.

 

* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie. 

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