Muito se fala sobre reposição hormonal na fase da menopausa, seus benefícios e, também, sobre alguns tabus que envolvem a saúde da mulher neste período.
O fato é que um tratamento hormonal bem orientado e individualizado pode impactar de maneira significativa na qualidade de vida das mulheres e na prevenção de muitas doenças, tendo em vista que alguns fatores estão associados à carência de hormônios no organismo.
Neste caso, o estradiol pode desempenhar um papel importante quando o assunto é a prevenção de doenças, a exemplo do câncer de mama.
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O câncer de mama é uma das doenças mais temidas entre as mulheres. Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de mama é o tipo que mais afeta as mulheres, com estimativas de 74 mil novos casos por ano de 2023 a 2025.
O estradiol na prevenção do câncer de mama
Pesquisas indicam que mulheres que iniciam a terapia de reposição hormonal, incluindo o estradiol, no período pós-menopausa, podem ter benefícios na saúde geral e uma considerável redução da incidência de câncer de mama em casos específicos.
Estudos da Women’s Health Initiative (WHI) mostraram que o uso de estradiol isolado (sem progesterona) em mulheres que passaram por histerectomia não foi associado a um aumento do risco de câncer de mama, e algumas análises sugerem até uma redução desse risco.
O estradiol é um dos principais hormônios da classe dos estrogênios e desempenha um papel fundamental na manutenção de várias funções do corpo feminino, como a regulação do ciclo menstrual, a densidade óssea e a saúde cardiovascular. Na menopausa, com a queda da produção natural desse hormônio, muitas mulheres recorrem à terapia de reposição hormonal (TRH) para amenizar os principais sintomas.
Além disso, o estradiol contribui para a saúde do tecido mamário, protegendo contra danos celulares quando combinado com estratégia médica de prevenção, como dietas balanceadas, prática de atividades físicas regulares e exames periódicos como mamografia e ultrassom.
É fundamental ressaltar que a terapia com estradiol não deve ser iniciada sem orientação médica. A administração desse hormônio deve ser personalizada, levando em consideração o histórico familiar de câncer de mama, a idade da paciente, e o tempo decorrido desde a menopausa.
O estradiol, portanto, continua sendo um hormônio essencial para a saúde da mulher, especialmente após a menopausa. Embora os riscos de seu uso sejam amplamente debatidos entre a comunidade científica, há evidências de que, em alguns casos, e bem monitorados, este hormônio possa oferecer proteção e ajudar na prevenção de certos tipos de câncer de mama. Contudo, cada paciente deve ser avaliada individualmente, reforçando a importância de consultas regulares ao médico.