Uso do DIU é uma alternativa viável para quem tem endometriose, mas com algumas ressalvas -  (crédito: Freepik)

Uso do DIU é uma alternativa viável para quem tem endometriose, mas com algumas ressalvas

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a endometriose afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva no Brasil. Conhecida por dores intensas, fluxo menstrual irregular e até infertilidade, a endometriose é um desafio para quem tem a doença. Em relação ao tratamento, uma das alternativas discutidas em consultórios médicos é o uso do dispositivo intrauterino (DIU). Mas afinal, quem tem endometriose pode colocar DIU?
 

Segundo a ginecologista da Clínica Ginelife, Ana Carolina Romanini, o uso do DIU é uma alternativa viável, mas com algumas ressalvas. “O DIU de progesterona é uma excelente opção para muitas mulheres com endometriose. Ele funciona liberando hormônios que ajudam a reduzir o crescimento do tecido endometrial fora do útero e diminui o fluxo menstrual, o que pode resultar em menos dor e desconforto, além de evitar a gravidez”, destacou.

 


 

Entretanto, a especialista também aponta que essa não é uma solução universal. “Cada caso de endometriose é único. Existem mulheres que respondem muito bem ao DIU hormonal, enquanto outras podem não sentir o mesmo alívio ou até apresentarem reações adversas. Por isso, é fundamental que a escolha seja feita em conjunto com um especialista, levando em consideração o estágio da doença, os sintomas apresentados e as necessidades individuais da paciente.”
 

Outro fator que deve ser levado em consideração é a alimentação, que pode ser uma aliada para as pessoas que sofrem com os sintomas. A nutricionista da Clínica Ginelife, Gaby Esteves, lembra que pacientes com doenças inflamatórias precisam de ajustes na dieta.

 

 

“A endometriose é uma condição inflamatória crônica, e uma nutrição rica em alimentos anti-inflamatórios pode ajudar a reduzir os sintomas. A inclusão de alimentos como cúrcuma, gengibre, abacate, nozes e vegetais verdes escuros podem contribuir para a diminuição da inflamação e, consequentemente, da dor”, explicou.

 

Gaby Esteves também alerta para produtos que devem ser evitados, como açúcar refinado, farinhas brancas, ultraprocessados e bebidas alcoólicas que, em excesso, podem aumentar o processo inflamatório e, portanto, piorar os sintomas da endometriose.

 

“É importante manter uma dieta equilibrada e, se possível, buscar orientação de um nutricionista especialista para elaborar um plano alimentar personalizado. Outras orientações de hábitos de vida também são de suma importância, como evitar os plásticos, parabenos, metais pesados, entre outros, que são chamados de disruptores endócrinos. Esses elementos podem prejudicar até mais do que a alimentação e deve ter uma atenção especial”, reforça a nutricionista.

 

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