As vagas são limitadas e os interessados devem se inscrever no dia 26 de outubro -  (crédito: Reprodução/ Sebástian Freire)

O risco elevado para o câncer não leva em consideração apenas a história familiar e a faixa etária

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O câncer de mama ainda é o mais incidente entre as mulheres em todas as regiões no país. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número estimado de novos casos no Brasil, em 2024, é de 73.610. Números do DataSUS mostraram uma alta mortalidade pela doença no ano passado: foram mais de 20 mil óbitos em decorrência de tumores mamários.

 

O fator mais importante que contribui diretamente para a redução da mortalidade pela doença são os avanços no rastreamento, já que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura em 95%, como aponta Fernanda Philadelpho, radiologista especializada em exames de mama da CDPI. “O objetivo do rastreamento é alcançar mulheres que ainda não possuem sinais ou sintomas sugestivos de câncer. Assim, conseguimos identificar, por meio de exames de imagem, alterações indicativas da doença o mais cedo possível e encaminhar as pacientes com resultados fora do esperado para uma investigação por biópsia", explica.

 

 
O diagnóstico depende de várias etapas, e é iniciado pelo exame mais preconizado, a mamografia, a partir dos 40 anos para mulheres sem fatores de risco. “Atualmente, tivemos mudanças nos paradigmas de rastreamento do câncer de mama que deixaram de analisar somente a idade das mulheres”, reforça Fernanda.
 
 
 
De acordo com a radiologista, o risco elevado para o câncer não leva em consideração apenas a história familiar e a faixa etária. “Outros dados – como estudos genéticos; se a paciente teve tumores passados, principalmente de mama ou ovário; mulheres que já fizeram radioterapia torácica quando jovem para tratamento de linfoma; e pacientes de origem judia asquenaze – podem levar a um risco aumentado para o desenvolvimento da doença. Assim, o rastreio pode variar conforme a idade de início e os exames de imagem utilizados”, detalha.
 
 
 
Uma vez identificada alguma imagem suspeita, como nódulos ou calcificações, o próximo passo é realizar uma biópsia, inicialmente guiada por ultrassom. O material é, então, encaminhado para um laboratório de patologia para que o especialista analise as células, realize testes e descreva as características do achado, confirmando ou excluindo o diagnóstico de uma neoplasia da mama.
 
 
 
“O tratamento do câncer de mama tem evoluído significativamente, com inovações que aumentam as chances de cura e melhoram a qualidade de vida das pacientes, sobretudo quando diagnosticado precocemente. Exames de imagem, como a ressonância magnética das mamas associada à biópsia, têm sido muito utilizados no planejamento cirúrgico para procedimentos mais eficazes e com menos efeitos adversos”, reforça Fernanda.