Qualidade de vida, estética, cura ou controle de doenças. Os motivos que levam as pessoas a mudarem os hábitos de vida, emagrecer e praticar atividades físicas são tão diversos quanto os métodos utilizados para alcançarem o objetivo. A busca incessante pela saúde e bem-estar elevou o mercado de alimentação saudável a outro patamar.
Segundo projeção da Euromonitor International, o mercado de alimentos saudáveis no Brasil deve expandir 27% até 2025. Entre 2015 e 2020, esse setor cresceu 33%, atingindo um faturamento de R$ 100,2 bilhões em 2020. Crescimento que foi impulsionado, entre outros fatores, pelas medidas de isolamento social adotadas durante a pandemia de Covid-19.
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Na contramão dessa circunstância, a obesidade e o sobrepeso ainda são realidade para um quarto dos brasileiros. Pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2023, do Ministério da Saúde, apontou o excesso de peso presente em 24,3% da população adulta.
Em um cenário em que consumo de produtos saudáveis crescem na mesma proporção que a obesidade no país, a reeducação alimentar se torna uma ferramenta eficiente não só para o emagrecimento, mas para a manutenção do peso a longo prazo e qualidade de vida.
Movimento Change
A médica Flávia Salek, 58 anos, conta que lutou anos contra a balança, adotou estratégias como as injeções na barriga, remédios para emagrecer, dietas radicais e restritivas, sem obter sucesso na perda de peso. “A reeducação alimentar é fundamental para alcançar a qualidade de vida por meio do emagrecimento. Só que, para manter o resultado, a reeducação também precisa ser mental e emocional. Após virar a chave do meu cérebro, emagreci 20 quilos em três anos”, afirma.
Flávia é uma das mais de 2 mil pessoas que passaram pelo Movimento Change, um programa que está revolucionando a forma como as pessoas abordam a perda de peso e o bem-estar. Fundado por Luciana Horta, o Movimento já ajudou mais de 2000 pessoas a emagrecer de maneira sustentável, sem abrir mão do prazer de comer e viver bem.
Para a fundadora, que também é especialista em Psicologia Positiva, a reeducação alimentar não deve se restringir à estética, mas também ao resgate da saúde, bem-estar e autoconfiança. “Já na menopausa, consegui emagrecer 54 quilos, melhorando consideravelmente minha qualidade de vida. Hoje, não acredito que dieta, remédios e exagerar na academia sejam sustentáveis. É o que todo mundo faz e não consegue manter”, conta.
O programa aposta numa abordagem equilibrada, sem restrições alimentares e dentro da realidade de cada participante, com gerenciamento emocional e consistência. É a leveza com firmeza do processo que conduzirá ao resultado. “A busca é se divertir, comer e beber, exatamente nessa ordem, para que o objetivo seja alcançado”, afirma Luciana.
Mudança de hábitos
De acordo com a nutricionista do Movimento Change, Junea Portilho, ao contrário do que a maioria acredita, as dietas restritivas e mudanças bruscas não são eficientes no processo de mudança de hábitos, mas a reeducação alimentar une a questão nutricional, à emocional, hormonal, bioquímica e fisiológica. “Eficiência significa emagrecer com velocidade e qualidade, eliminando peso de forma gradativa, preservando a massa magra, mantendo o metabolismo ativo e regulando a produção hormonal”, explica.
A nutricionista orienta, ainda, que o primeiro passo rumo à reeducação e ao emagrecimento é abandonar as dietas restritivas. “É preciso eliminar as restrições malucas, parar de buscar a fórmula mágica, ficar tomando chá seca-barriga, copiando coisas que os outros fazem. Temos que começar do básico bem feito. Reduzir o consumo de industrializado, comer comida de verdade, reduzir um pouco a quantidade, mastigar melhor e variar mais os alimentos”.
Dificuldade de emagrecimento
Uma pesquisa realizada pelo Movimento Change com mais de 4 mil pessoas revelou que 99% do público que busca emagrecimento é feminino. Dentre as entrevistadas, 48% afirmaram já ter realizado dietas associadas ao uso de medicamentos, e 46% relataram lutar contra a balança há mais de 5 anos. Quando questionadas sobre o uso de medicamentos para problemas de saúde, 37% das participantes informaram ter hipertensão arterial. Outros problemas de saúde também foram mencionados, como problemas gastrointestinais, incluindo azia (23%), indigestão (20%) e gases (18%).]
Junea Portilho, especialista em reeducação alimentar, explica que um dos principais desafios enfrentados durante esse processo é a tendência de voltar aos hábitos antigos. Isso pode ocorrer devido a uma "nostalgia" pelos chamados "alimentos afetivos" ou por falta de tempo, disciplina ou planejamento. A mudança precisa ser constante. O ideal é ter paciência e entender que isso é um processo. “Costumamos dizer, aqui no Movimento Change, que esse processo não é uma corrida de 100 metros, mas uma maratona. E, como em toda maratona, durante os 42 quilômetros, muitas coisas podem acontecer. Mesmo que a pessoa se esforce ao máximo, muitas vezes não conseguirá manter a velocidade. O processo de emagrecimento é o mesmo. Precisamos ter persistência, calma, acreditar e curtir o processo”, orienta
Junea orienta que é importante observar o que a pessoa está fazendo de diferente, como seu corpo está respondendo e entender os benefícios que vão além do emagrecimento, como disposição física, qualidade de vida e melhorias em sintomas como dores, enxaqueca, problemas intestinais e constipação. Portanto, é necessário ter calma, tranquilidade e ser persistente.
Para alcançar este autoconhecimento, garantir a consistência no processo, é fundamental um acompanhamento individual e diário. Isso é possível com a união da inovação e tecnologia através de um aplicativo simples e prático, nosso Guia Permanente da saúde (GPS) na palma do sua mao. Porque muito mais que emagrecer é o desafio de manter. Com esse acompanhamento diário, fica leve e real.