A trombose é uma velha conhecida dos brasileiros. Foi responsável por quase 500 mil internações no país entre 2012 e 2023. No ano passado, o número de casos de trombose venosa que precisaram ser tratados via internação bateu recorde: cerca de 165 pessoas foram hospitalizadas por dia para tratar a condição. Os dados são da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).

 

A cirurgiã vascular Camila Caetano explica se é possível prevenir a doença. “A trombose é uma das doenças mais comuns quando se trata de condições que atingem a circulação. Entretanto, muitas pessoas não sabem que ela é prevenível por meio de hábitos saudáveis”. O assunto vem à tona neste domingo (13/10), que marca o Dia Mundial da Trombose.

 



 

Segundo a médica, atividades físicas regulares como caminhadas, musculação, ciclismo, natação e hidroginástica são algumas das atividades indicadas para evitar a trombose. “Além disso, é fundamental entender que a boa alimentação é importante para a saúde das veias e da circulação. Comer alimentos saudáveis, evitar frituras e beber muita água vai diminuir as chances de que o corpo desenvolva a trombose. Fazendo isso, conseguimos, ainda, nos manter no peso ideal, outra condição crucial para evitar a enfermidade”, pontua a cirurgiã vascular.

 

Hábitos comportamentais ajudam na prevenção

 

De acordo com Camila Caetano, o uso de anticoncepcionais pode favorecer o desenvolvimento da trombose. “Em jovens adultos, por exemplo, a escolha errada do anticoncepcional e a obesidade são fatores que podem favorecer a doença. A palavra de ordem é evitar ao máximo ficar muito acima do peso. No caso das mulheres, é preciso verificar junto ao ginecologista se aquela medicação pode impactar negativamente a circulação”.

 

A médica também indica o uso da meia de compressão (ou meia antitrombo) para evitar a trombose. “Essas meias melhoram a circulação sanguínea e ajudam quem já tem algum problema de circulação ou vai passar por alguma situação que pode provocar a doença - como uma viagem de avião ou uma viagem mais longa de carro”, explica.

 

Já para quem foi diagnosticado com a doença, o tratamento vai depender da gravidade da condição. “Há casos em que podemos tratar com medicamentos anticoagulantes ou inibidores de coágulos sanguíneos. Em alguns casos, a mudança de estilo de vida e o uso regrado da meia de compressão vai ser suficiente. E também existem os casos em que a cirurgia é indicada. Nessa situação, retiramos os coágulos das veias para que o sangue possa voltar a correr normalmente”, elucida a especialista.

 

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