Nem todas as manchas escuras que surgem no rosto são melasma. Esse é o alerta da médica especializada em dermatologia Fernanda Cassain, que vê com frequência pacientes preocupados com manchas na face – especialmente nas bochechas, testa e nariz – acreditando se tratar exclusivamente de melasma. “É importante lembrar que existem diversas outras condições que podem resultar em manchas na pele, e diferenciá-las é essencial para garantir um tratamento adequado e eficaz”, afirma a especialista.

 

O melasma é uma condição comum, caracterizada por manchas escuras e irregulares que aparecem em áreas mais expostas ao sol, como o rosto. Porém, há muitas outras causas para o surgimento de manchas, como a hiperpigmentação pós-inflamatória, que surge após inflamações na pele, como espinhas ou irritações, e tende a ser mais prevalente em pessoas com tons de pele mais escuros.

 



 

Além disso, os lentigos solares, também conhecidos como manchas senis ou de sol, resultam da exposição solar prolongada ao longo dos anos e aparecem como pequenas manchas escuras em regiões expostas ao sol.

 

Outro exemplo são as efélides, mais conhecidas como sardas, que costumam surgir desde a infância, sendo manchas menores e mais claras, cuja quantidade aumenta com a exposição solar. Já a fitofotodermatite ocorre quando a pele entra em contato com certas substâncias, como frutas cítricas (limão, por exemplo), e, ao ser exposta ao sol, desenvolve manchas de coloração variada.

 

 

Fernanda Cassain enfatiza que esses são apenas alguns exemplos de condições que podem ser confundidas com o melasma, mas que possuem causas, características e tratamentos diferentes. “Por isso, o diagnóstico correto é indispensável. Apenas uma avaliação dermatológica detalhada pode identificar corretamente o tipo de mancha e determinar a melhor abordagem terapêutica para cada caso”, ressalta.

 

A especialista ainda reforça que o tratamento inadequado de manchas pode agravar o problema ou gerar frustração nos pacientes. "Tratar melasma sem um diagnóstico preciso pode significar aplicar tratamentos inadequados para uma condição diferente, o que pode não trazer resultados ou, em alguns casos, até piorar a mancha. Por isso, é essencial procurar um dermatologista para avaliar cada caso individualmente", orienta a médica.

 

Fernanda lembra ainda da importância da proteção solar diária, que é fundamental não só para o tratamento de manchas, mas também para a prevenção de novas lesões e para manter a pele saudável ao longo do tempo.

 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia

compartilhe