A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou os países a mobilizarem esforços para controlar a hipertensão arterial, um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, que atingem cerca de 1,3 bilhão de indivíduos no mundo. Após nações como Austrália, França e Portugal adotarem medidas para colaborar com esse objetivo, o Brasil é o próximo a seguir o exemplo.

 

Durante o Congresso da International Society of Hypertension (ISH), que aconteceu em Cartagena, Colômbia, o cardiologista Mário Fritsch, membro do conselho científico da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), apresentou o movimento Aliança onda: menos pressão, mais ação!, que propõe a união da iniciativa  pública e privada para que 70% da população hipertensa brasileira consiga alcançar os níveis ideais até 2030. Atualmente apenas 30% desse grupo da população têm o controle da doença.

 



 

Estima-se que mais de 50 milhões de brasileiros entre 30 e 79 anos tenham pressão alta, que é o principal fator de risco para morte por doenças cardiovasculares no Brasil.

 

"A hipertensão é uma doença silenciosa, muitas vezes sem sintomas, capaz de afetar a saúde do coração, ocasionando enfermidades coronárias e insuficiência cardíaca. É vital que a população compreenda a importância do diagnóstico precoce e do tratamento contínuo, que não consiste somente na administração de medicamentos, mas em uma mudança geral do estilo de vida, baseada em bons hábitos de alimentação, atividade física, qualidade do sono, entre outros fatores. Ou seja, a importância do bom engajamento do paciente ao tratamento como um todo", ressalta o cardiologista.

 

Aferições regulares da pressão arterial também são fundamentais, assim como consultas médicas periódicas. "Mas não podemos culpar somente o paciente pela baixa taxa de controle da pressão arterial. Existem outros fatores que podem influenciar nos índices de controle da doença, como a tecnologia, a informação de qualidade e a capacitação dos profissionais de saúde. É nesses pilares que a Aliança Onda vai se calçar”, explica o cardiologista.

 

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