O câncer ósseo, embora relativamente raro, apresenta desafios significativos para pacientes e os profissionais da área médica. Compreender suas variações, fatores de risco, sintomas e avanços no tratamento é crucial para o manejo eficaz dessa doença compreendida como complexa.



Existem diversos tipos de câncer ósseo, cada um com características e comportamentos distintos. As metástases ósseas são os tipos mais comuns, frequentemente originárias de cânceres primários de órgãos como próstata, mama, pulmão, rim, tireóide e intestino. Esses tumores tendem a afetar indivíduos acima dos 40 anos, comprometendo os ossos do crânio, costelas, coluna, bacia, úmero e fêmur.

 Entre os cânceres ósseos primários, destacam-se:

 

  • Osteossarcoma: Geralmente afeta as metáfises dos ossos longos, como fêmur, tíbia e úmero.
  • Condrossarcoma: Comum em ossos longos dos membros superiores e inferiores e da pelve.
  • Sarcoma de Ewing: Frequente nas diáfises do fêmur, úmero, tíbia, fíbula, pelve e ossos do tórax.
  • Mieloma Múltiplo: Afeta principalmente vértebras, costelas, crânio e ossos chatos das cinturas pélvica e escapular.

“Embora as causas exatas do câncer ósseo não sejam completamente compreendidas, alguns fatores de risco estão bem estabelecidos. Mutações genéticas esporádicas e síndromes hereditárias, como retinoblastoma e síndrome de Li-Fraumeni, aumentam significativamente o risco. O envelhecimento também é um fator contribuinte, especialmente em tumores secundários”, explica Fabio Eloi, ortopedista especialista em câncer ósseo do Hospital Santa Catarina - Paulista.

 

 

 

Sintomas e diagnóstico

Os sintomas do câncer ósseo podem incluir dor intensa, inchaço ao redor do osso afetado, fraturas frequentes, vermelhidão, perda de peso inexplicável e sudorese noturna. O diagnóstico é realizado através de uma combinação de exame clínico,exames de imagem (radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea) e biópsia, que ajuda a determinar a natureza do tumor.

 

 

Os cânceres ósseos secundários são mais comuns em adultos acima dos 50 anos, enquanto os primários tendem a afetar adolescentes e jovens adultos. Certos tipos, como o condrossarcoma, são mais frequentes em indivíduos com mais de 30anos.

 

Tratamento mais precisos

“O tratamento do câncer ósseo varia conforme o tipo e estágio da doença, além do estado geral de saúde do paciente. As opções incluem cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Recentemente, terapias alvo e imunoterapias têm mostrado resultados promissores, oferecendo tratamentos mais personalizados e com menos efeitos colaterais. Técnicas como radioablação e crioablação também estão se destacando como opções minimamente invasivas e eficazes”, explica Fábio Eloi.

 

Os avanços tecnológicos têm permitido maior precisão nos tratamentos. A radioterapia, por exemplo, tem se beneficiado de melhorias que permitem maior precisão no direcionamento do tumor, preservando tecidos saudáveis. Implantes protéticos modernose expansíveis oferecem melhores resultados para pacientes, especialmente os mais jovens.

 

Apesar dos desafios, o campo do tratamento do câncer ósseo tem avançado significativamente, trazendo novas esperanças para pacientes. A contínua pesquisa e inovação são essenciais para melhorar os resultados e a qualidade de vida dos afetados por esse tipo de câncer.

 
 



 





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