O exercício de curar é uma arte que vai muito além de diagnosticar doenças e prescrever medicamentos. Por esse motivo, em todo o Brasil, o dia 18 de outubro é dedicado às comemorações do ‘Dia do Médico’, profissão reconhecida por sua empatia e dedicação exemplar. A data tem origem cristã e corresponde à celebração do santo católico ‘São Lucas’, considerado padroeiro da medicina. Nos últimos anos, um verdadeiro motivo para comemorar são os avanços que a ciência médica vem buscando no contexto das abordagens personalizadas, que tornam os tratamentos mais eficazes e adaptados.



Desde 2006, o Sistema Único de Saúde (SUS) garante o acesso público à práticas integrativas, ou seja, focadas no cuidado continuado, humanizado e integral em saúde. Elas são associadas à ‘medicina integrativa’, que trata de uma visão 360° dos indivíduos. Segundo o médico cardiologista, Fábio dos Santos, na essência, a medicina integrativa é o olhar para a mente, corpo e espírito, uma visão que se relaciona diretamente com o conceito de saúde definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Existe uma única medicina, o que muda é a visão do profissional. Na integrativa, utilizamos um olhar que busca o todo da pessoa e vai além de localizar doenças e associar medicamentos, algo que é comum em métodos mais tradicionais”, explica.

 

 



Fábio dos Santos (@doutorestilodevida), além de cardiologista é pós-graduado em nutrologia e um dos pioneiros no olhar integrativo no Brasil. Ele defende que, na prática, o diferencial é o que ele chama de “medicina dos quatro Ps”: preventiva, preditiva, participativa e, acima de tudo, personalizada. Nesse contexto, o especialista defende a importância de entender que cada pessoa dispõe de uma bioquímica única e, por essa razão, desde a anamnese até a prescrição de medicamentos, o indivíduo merece um cuidado singular.

Assim, do consultório até o momento de comprar o medicamento correto, a medicina integrativa encontra uma grande parceria com as facilidades da manipulação farmacêutica. De acordo com Giovana Tomazini, diretora do Núcleo de Pesquisa e Inovação do Grupo Farmácia Artesanal e Drogaderma, após uma anamnese detalhada, a personalização dos medicamentos é indispensável para um tratamento eficaz. “Nós buscamos oferecer o trabalho farmacotécnico que permite aos prescritores o ajuste de doses personalizadas para atender as necessidades especiais de cada indivíduo. É um processo de confiança, tecnologia e conhecimento científico que resultam em tratamentos cada vez mais eficientes”, afirma.

Indo além, a manipulação tem o potencial de aumentar a adesão ao uso de medicamentos e suplementos, atendendo às diferentes necessidades do indivíduo, além de valorizar a prescrição médica. Através dela, é possível combinar diferentes ativos e substâncias e atender restrições e intolerâncias específicas, que muitas vezes dificultam a adesão aos tratamentos. A diretora reitera ainda que a opção pelo manipulado torna até mesmo a administração do medicamento mais agradável. “Hoje o paciente pode escolher entre diversas formas farmacêuticas, que vão desde gomas até chocolates terapêuticos. Isso é essencial para uma melhor adesão e pode evitar efeitos adversos causados por algumas formas mais tradicionais”, relata Giovana.

Ainda de acordo com o médico Fábio dos Santos, o canal direto entre profissões da saúde personalizada traz um enriquecimento enorme. Na medicina integrativa, a equipe interdisciplinar é um dos grandes diferenciais para a manutenção da saúde. “A colaboração entre médicos, nutricionistas, enfermeiros, fisioterapeutas e, especialmente, a parceria de médicos e farmacêuticos na assertividade da escolha de um produto é fantástica. Essa análise e, consequentemente, trabalho interdisciplinar é a chave para promover longevidade e manter o indivíduo sempre ao lado da saúde, e não da doença”, completa.

 

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