Domingo (20/10) é o Dia Mundial e Nacional da Osteoporose. A data visa conscientizar sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta cerca de 15 milhões de brasileiros. Globalmente, mais de 500 milhões de pessoas são impactadas pela condição, de acordo com a Fundação Internacional de Osteoporose (IOF).

O ortopedista do Hospital Semper, Pietro Romaneli, explica que a osteoporose é uma doença que provoca a perda gradual de massa óssea, tornando os ossos mais frágeis e porosos, o que aumenta o risco de fraturas. “A osteoporose é frequentemente conhecida como uma doença silenciosa”, pois não apresenta sintomas claros até que ocorra uma fratura. No entanto, sinais indiretos podem incluir perda de altura ao longo do tempo, postura encurvada e dores nas costas, frequentemente causadas por fraturas vertebrais”, afirma.



 

De acordo com o médico, o diagnóstico é feito principalmente por meio da densitometria óssea, que mede a densidade mineral dos ossos, geralmente na coluna lombar e no quadril. “Esse exame é considerado o padrão-ouro para avaliar a saúde óssea e determinar o risco de fraturas. Outras ferramentas, como o FRAX, uma calculadora de risco absoluto que permite estimar o risco de fratura osteoporótica nos próximos dez anos, com base em variáveis clínicas e na densitometria óssea, também são utilizadas”, relata.

Ainda segundo Pietro, os principais fatores de risco incluem idade avançada, histórico familiar de osteoporose, menopausa precoce, deficiência de cálcio e vitamina D, estilo de vida sedentário, uso prolongado de certos medicamentos (como corticosteroides), baixo índice de massa corporal (IMC) e consumo excessivo de álcool e tabaco.

 

 

“Para prevenir a osteoporose, é importante manter uma dieta rica em cálcio e vitamina D, realizar exercícios físicos regulares de resistência e impacto, como caminhada, corrida leve, dança e musculação, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de monitorar regularmente a saúde óssea”, alerta, reforçando que atividades que melhoram o equilíbrio e a coordenação, como yoga, também são importantes para reduzir o risco de quedas, uma das principais causas de fraturas em pessoas com osteoporose.

O ortopedista fala sobre o impacto das complicações da osteoporose na qualidade de vida. “A principal complicação da osteoporose são as fraturas, especialmente no quadril, coluna e punhos. Fraturas de quadril são graves, muitas vezes exigindo cirurgia e reabilitação prolongada, além de estarem associadas a alta mortalidade em idosos. Já as fraturas vertebrais podem causar dor crônica, perda de mobilidade e deformidades, comprometendo a qualidade de vida e a independência dos pacientes", alerta.

 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia

compartilhe