A ciência, hoje, tem recursos para identificar a predisposição genética para o excesso de colesterol no sangue, de forma precoce, por meio de testes genéticos,  facilitando um plano de medicina preventiva com o apoio de um médico especialista.
 



Embora o colesterol desempenhe funções essenciais no organismo, como fazer parte da estrutura das células e ser fundamental para a produção de hormônios e vitaminas, seu excesso, especialmente do LDL-colesterol (o colesterol "ruim"), pode ser prejudicial ao organismo.

 

“O teste genético é uma importante ferramenta da medicina preditiva, personalizada, e pode ser realizado para detectar não só a propensão ao colesterol alto, mas também outros problemas que podem estar relacionados. É importante destacar que o resultado não é um diagnóstico. O conhecimento do risco permite que o paciente busque um médico e adote cuidados a fim de reduzir a chance de realmente desenvolver a doença.” explica Ricardo Di Lazzaro, doutor em genética e cofundador do laboratório Genera.
 

Dados recentes da Genera, que possui uma base de dados com mais de 300 mil testes genéticos, mostram que 28,66% das pessoas analisadas apresentam predisposição para a redução dos níveis de colesterol total em resposta ao exercício físico. Isso significa que para esse grupo a prática regular de atividades físicas pode ser uma estratégia particularmente eficaz para controlar os níveis de colesterol, contribuindo significativamente para a prevenção de doenças cardiovasculares.

 

O levantamento também indica que 17,28% das pessoas analisadas apresentam maior suscetibilidade para níveis elevados de triglicerídeos. Os triglicerídeos são a forma de gordura mais comum no corpo e utilizados como fonte de energia. Níveis elevadosdessa gordura combinado ao maior nível de LDL, está associado ao acúmulo de gordura nas paredes das artérias, o que pode levar uma pessoa ao infarto.

 

Outro fator de risco para as doenças cardiovasculares é a obesidade. De acordo com o levantamento da Genera, 64,04% das pessoas analisadas apresentam predisposição ao IMC elevado. Das seis principais causas de morte no Brasil, quatro estão diretamente ligadas à obesidade: acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, diabetes e hipertensão.

“Se a pessoa identifica a predisposição para o IMC elevado, por exemplo, pode adotar uma série de medidas preventivas e personalizadas, além do monitoramento constante da saúde”, complementa Di Lazzaro.
 

“A genética não é o fator único e determinante para o desenvolvimento dessas condições cardiovasculares. Outros fatores, como estilo de vida, alimentação e prática de atividade física, possuem uma influência ainda maior. Conhecer todas essas predisposições possibilita um trabalho personalizado de prevenção das doenças. É fundamental que o resultado do teste seja sempre acompanhado da orientação de um especialista”, explica Di Lazzaro,  acrescentando que  "a combinação de conhecimento genético, maior conscientização e o apoio de profissionais multidisciplinares permite combater o colesterol alto e as doenças cardiovasculares de maneira mais eficaz, diminuindo o impacto na saúde das pessoas".

 



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