A modelo Janaína Prazeres revelou sofrer de samhainofobia, uma fobia relacionada ao Halloween. A influenciadora brasileira, eleita a mulher mais bonita do mundo segundo a inteligência artificial da Playboy, contou que sofre com medo e ansiedade intensos relacionados às fantasias e decorações típicas da época.
"Eu achava que meu desconforto era apenas por não gostar de me ver feia no espelho, mas com o tempo percebi que era algo maior, um medo incontrolável, não apenas sobre me vestir de forma assustadora para o Halloween", contou. Para pessoas como Janaína, participar de festas de Dia das Bruxas não é algo fácil, por envolver elementos assustadores que ativam a fobia.
A psicóloga especializada em ansiedade, Joice Matos, explica que o medo de Halloween, também conhecido como samhainofobia, refere-se ao temor intenso e irracional que algumas pessoas sentem em relação ao Halloween, que ocorre em 31 de outubro.
Esse medo, segundo a especialista, pode se apresentar de diversas formas, incluindo ansiedade, pânico e aversão a símbolos associados à data, como fantasmas, monstros e abóboras. "A origem desse medo pode estar ligada a experiências traumáticas, crenças culturais ou até mesmo a exposição a filmes e histórias de terror que permeiam a cultura popular durante essa época do ano", elucida.
Como se manifesta?
A manifestação do medo de Halloween pode variar de pessoa para pessoa, continua Joice. Algumas podem sentir um desconforto leve ao ver decorações de Halloween, enquanto outras podem ter reações mais severas, como ataques de pânico ou evitação total de qualquer atividade relacionada à festividade.
Sintomas comuns, continua, incluem sudorese, aumento da frequência cardíaca, tremores e até mesmo náuseas. "É importante reconhecer que esses sentimentos são válidos e podem impactar a qualidade e vida de quem os experimenta", pontua.
Causas
As causas do medo de Halloween podem ser multifatoriais, diz a psicóloga. Experiências pessoais negativas, como ter sido exposto a situações assustadoras durante a infância, podem contribuir para o desenvolvimento desse medo.
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Além disso, a influência da mídia, que frequentemente retrata o Halloween de maneira aterrorizante, pode intensificar esses sentimentos. "Fatores culturais e sociais também influenciam, uma vez que algumas comunidades podem ter crenças que associam o Halloween a eventos sobrenaturais ou malignos", esclarece Joice.
Como o medo de Halloween afeta o cotidiano
O medo de Halloween pode ter um impacto significativo na vida cotidiana de uma pessoa. Aqueles que sofrem dessa fobia costumam evitar festas, eventos sociais e até mesmo locais que apresentam decorações de Halloween.
"Isso pode levar ao isolamento social e à diminuição da qualidade de vida. Além disso, a ansiedade associada a essa fobia pode interferir nas atividades diárias, como ir ao supermercado ou passar por áreas decoradas, causando estresse e desconforto contínuos", ressalta Joice.
Tratamentos para o medo de Halloween
A profissional explica que são várias as abordagens terapêuticas que podem ajudar a tratar o medo de Halloween. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma das mais eficazes, pois ajuda o indivíduo a identificar e reestruturar pensamentos distorcidos relacionados ao medo.
"Exposição gradual a elementos do Halloween, sob a orientação de um profissional, também pode ser benéfica. Em alguns casos, medicamentos ansiolíticos podem ser prescritos para ajudar a controlar os sintomas de ansiedade associados."
Dicas para lidar
Para aqueles que enfrentam o medo de Halloween, algumas estratégias podem ajudar a gerenciar a ansiedade, ensina Joice. Praticar técnicas de relaxamento, como meditação e respiração profunda, pode ser útil para acalmar a mente. Conversar com amigos ou familiares sobre os sentimentos proporciona apoio emocional.
Além disso, tentar desassociar o Halloween de experiências negativas, focando em aspectos divertidos e criativos da festividade, também ajuda a reduzir o medo.
A importância da conscientização
A conscientização sobre o medo de Halloween, acrescenta Joice, é crucial para desestigmatizar essa fobia e promover a empatia. Ela salienta que muitas pessoas podem não entender a gravidade do medo que outros sentem, levando a comentários insensíveis ou à minimização da experiência alheia.
"Criar um ambiente de apoio e compreensão pode ajudar aqueles que sofrem com essa condição a se sentirem mais confortáveis em compartilhar suas experiências e buscar ajuda."
Halloween e a cultura popular
A cultura popular, reforça a psicóloga, influencia a forma como o Halloween é percebido e vivido. Filmes, séries e livros frequentemente exploram temas de terror e sobrenatural, o que acaba intensificando o medo de Halloween em algumas pessoas.
"A representação de monstros e fantasmas na mídia pode reforçar estereótipos e medos, tornando ainda mais desafiador para aqueles que já têm uma predisposição a essa fobia. É importante que a mídia trate esses temas com responsabilidade, considerando o impacto que pode ter sobre os indivíduos mais vulneráveis", conta.
Quando procurar ajuda profissional
Se o medo de Halloween estiver interferindo significativamente na vida de uma pessoa, é aconselhável procurar ajuda profissional. Um psicólogo ou psiquiatra pode oferecer suporte e estratégias para lidar com a fobia de maneira eficaz.
"Ignorar os sintomas ou tentar lidar sozinho pode levar a um agravamento da situação, tornando a busca por ajuda ainda mais necessária. O tratamento adequado pode ajudar a restaurar a qualidade de vida e permitir que a pessoa participe de celebrações e eventos sem medo", recomenda a especialista.
*Com informações de Maria Dulce Miranda
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