Hirofumi Tanaka, especialista em saúde cardiovascular, explica que a natação ajuda a reduzir a pressão arterial e melhora a eficiência do sistema cardiovascular, desafiando os pulmões a atender às demandas de uma frequência cardíaca elevada. -  (crédito: Arquivo/MS)

A cardio-oncologia reversa é um conceito emergente que explora a relação bidirecional entre doenças cardiovasculares (DCV) e câncer

crédito: Arquivo/MS

Os efeitos do tratamento do câncer, principalmente da quimioterapia e da radioterapia, no desenvolvimento de doenças cardíacas (DCV) será tema do VI Simpósio Sergipano de Cardio-Oncologia e do I Simpósio Internacional de Cardio-Oncologia, que serão realizados nos dias 1º e 2 de novembro, no Vidam Hotel, em Aracaju (SE).

 

O evento híbrido tem a organização da Sociedade Brasileira de Cardiologia e irá apresentar inovações recentes e discussões na interseção entre a cardiologia e a oncologia por meio de palestras com renomados especialistas nacionais e internacionais como Michael Fradley, uma referência na área. 

 

 

 

A Mesa Redonda IV - Metabolismo e desafios na cardio-oncologia, que será mediada pelo especialista em cardio-oncologia, coordenador do Centro de Estudos do Hospital Copa Star (RJ), Flávio Cure, terá como temas: “Obesidade, doença cardiovascular e câncer”, “Cardio-oncologia reversa: estamos prontos para o desafio?” e “Caso Clínico: infarto do miocárdio durante tratamento de câncer de próstata”.

 

“Esses são tópicos muito atuais. A cardio-oncologia reversa, por exemplo, é um conceito emergente que explora a relação bidirecional entre doenças cardiovasculares (DCV) e câncer, duas maiores causas de mortalidade dos dias atuais, com foco específico em como as DCV podem influenciar a patogênese e os desfechos do câncer”, explica o especialista.

 

 

As evidências crescentes de que mudanças sistêmicas que ocorrem na doença cardiovascular podem ter efeitos carcinogênicos se apresentam em duas vias principais: fatores secretados na DCV (“cardiocinas”) e a reprogramação celular via microRNAs. “O microRNA-208a, específico do coração, tem sido implicado tanto na promoção de lesões miocárdicas quanto na proliferação tumoral, sugerindo uma base molecular para a comunicação cruzada entre doenças cardíacas e câncer”, explica o médico.

 

Para Flávio Cure, este é um evento essencial para os especialistas e estudiosos do tema pois essa estratégia interdisciplinar visa otimizar tanto os desfechos cardiovasculares quanto oncológicos, reconhecendo a complexa interação entre essas duas importantes entidades patológicas, auxiliando os médicos a uma abordagem integrada das duas especialidades visando reduzir a carga global dessas doenças.

 

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