Muitas vezes, a febre é vista como uma simples elevação de temperatura associada a infecções virais ou bacterianas. No entanto, quando se trata de febre reumática, a compreensão é mais complexa.
A febre reumática é uma doença inflamatória autoimune que ocorre em resposta a uma infecção de garganta por estreptococos. Ao contrário da febre comum, que aumenta a temperatura causada pelo contágio com vírus ou bactérias, a febre reumática envolve uma reação inflamatória que pode afetar articulações, pele, sistema nervoso e, em casos mais graves, o coração e o cérebro.
“A doença afeta principalmente crianças entre cinco e 15 anos e é caracterizada por dor em várias articulações, como joelhos, tornozelos, cotovelos, ombros e punhos, que migram de uma articulação para outra a cada dois ou três dias”, explica a reumatologista Cláudia Goldenstein Schainberg.
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Outros sintomas incluem manchas vermelhas temporárias, cansaço, caroços no pescoço e falta de ar. Em casos mais graves, a febre reumática pode causar danos permanentes ao coração. “Comprometimentos cardíacos podem ser identificados por sinais como sopro cardíaco e aumento dos batimentos do coração”, afirma Cláudia.
O tratamento inclui antibióticos e anti-inflamatórios para reduzir os sintomas e prevenir complicações. “Além dessas medidas, é essencial buscar o acompanhamento de um especialista e seguir as orientações de tratamento para evitar o agravamento da doença”, reforça a especialista.
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