Fita azul simboliza campanha de prevenção contra o câncer de próstata -  (crédito: Pixabay)

Fita azul simboliza campanha de prevenção contra o câncer de próstata

crédito: Pixabay

O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre homens, no Brasil. Estimativas indicam que a detecção precoce pode elevar a taxa de sobrevida em até 90%, ressaltando a importância do diagnóstico em estágios iniciais.

 

Atualmente, os pacientes têm à disposição uma gama diversificada de opções de tratamento, entre elas, a cirurgia robótica, técnica que vem sendo cada vez mais adotada, que oferece não só precisão cirúrgica, mas também promete reduzir os efeitos colaterais e acelerar a recuperação.

 

 

Segundo o médico urologista especializado em uro-oncologia e cirurgia robótica de próstata, Fernando Marsicano, a intervenção é realizada através de um sistema que permite ao cirurgião operar com precisão milimétrica.

 

"Utilizamos o sistema Da Vinci, que consiste em braços robóticos controlados remotamente, capazes de replicar os movimentos do cirurgião com alta precisão", explica Fernando.

 

A tecnologia, de acordo com ele, não só possibilita uma cirurgia minimamente invasiva, realizada através de pequenas incisões, mas também promove uma recuperação mais rápida e menos dolorosa em comparação com métodos tradicionais.

 

Segundo o médico, esse tipo de procedimento é especialmente indicado para casos de câncer de próstata localizado ou localmente avançado, onde o tumor está confinado à próstata ou imediações sem metástases distantes.

 

"É ideal para pacientes que apresentam boa expectativa de vida e condições de saúde compatíveis com uma recuperação de alta qualidade", destaca o especialista.

 

 

Os benefícios são inúmeros, incluindo a redução dos riscos de incontinência urinária e disfunção erétil, graças à precisão do procedimento que ajuda a preservar estruturas nervosas e vasculares essenciais. Além disso, a técnica diminui significativamente o sangramento e o tempo de hospitalização necessário após a cirurgia.

 

Quem pode fazer?

 

Não são todos os pacientes que podem se beneficiar da técnica. Fernando conta que homens em estágio avançado da doença, ou que possuam condições de saúde que não suportem anestesia geral, podem não ser elegíveis para a cirurgia robótica. Condições físicas e cardíacas específicas também podem excluir alguns pacientes da lista de candidatos adequados para este procedimento.

 

Recuperação e cuidados pós-operatórios

 

O período de recuperação após uma cirurgia robótica é notoriamente mais curto. Os pacientes geralmente são liberados do hospital em um a dois dias e podem retornar às atividades cotidianas em duas a quatro semanas.

 

"A sonda urinária, um componente crucial no pós-operatório, é retirada geralmente entre sete e dez dias após a cirurgia, dependendo da evolução de cada caso", informa o médico.

 

Apesar de representar um grande avanço, o uro-oncologista ressalta ser crucial que os pacientes discutam todas as opções disponíveis com seus médicos, considerando os benefícios e riscos associados a cada tipo de tratamento.

 

 

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