Neste mês é celebrado o novembro roxo com uma campanha de conscientização sobre a prematuridade, que busca informar a população sobre os desafios enfrentados por bebês que nascem antes das 37 semanas de gestação. Esses ''pequenos guerreiros''enfrentam uma série de dificuldades em seus primeiros dias e meses de vida, exigindo atenção especial da equipe médica e dos pais.
Os bebês prematuros apresentam diferenças significativas em relação aos que nascem a termo, que é considerado entre 37 e 41 semanas e 6 dias de gestação. De acordo com a médica pediatra Betina Costa, a principal distinção está na imaturidade dos seus sistemas corporais, especialmente o sistema imunológico, o que os torna mais vulneráveis a infecções e outros desafios de saúde. “Como resultado, muitos prematuros requerem suporte intensivo para funções básicas, como respiração e controle de temperatura, o que pode resultar em hospitalizações prolongadas”, explica.
- Prematuridade de bebês: neonatologista esclarece aspectos importantes
- Parto prematuro é a principal causa de mortalidade infantil antes de 5 anos
A especialista enfatiza a importância do acompanhamento contínuo para esses bebês. "É fundamental para que esses bebês recebam a estimulação e o cuidado necessários para se desenvolverem no próprio ritmo", afirma. Este monitoramento é crucial não apenas nos primeiros meses, mas ao longo dos anos iniciais, quando os prematuros precisam de atenção especial para alcançar os marcos de desenvolvimento típicos.
Estudos demonstram que, com o cuidado adequado, muitos bebês prematuros conseguem progredir e alcançar marcos de desenvolvimento semelhantes aos de bebês nascidos a termo por volta dos dois a três anos de idade. “Essa recuperação depende de vários fatores, incluindo o grau de prematuridade, o acesso a cuidados especializados e o ambiente familiar”, ensina.
A IMPORTÂNCIA DO APOIO FAMILIAR
Além do suporte médico, o envolvimento da família é essencial para o desenvolvimento dos bebês prematuros. "A estimulação e o amor que os pequenos recebem em casa fazem toda a diferença na recuperação e crescimento," alerta a médica
No Brasil, a prematuridade é um problema de saúde pública significativo. De acordo com dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 11% dos nascimentos no país são prematuros, o que representa cerca de 300 mil bebês por ano. Esses números reforçam a necessidade de uma rede de apoio e conscientização sobre a prematuridade, visando melhorar a saúde e a qualidade de vida desses recém-nascidos.
"Conscientizar a sociedade sobre a prematuridade é um passo crucial para que possamos oferecer o suporte necessário a essas famílias, ajudando os bebês a superar os desafios iniciais e a se desenvolverem com saúde”, destaca a médica.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia