Existem casos graves, de prematuros extremos, que nascem antes de 28 semanas e correm mais risco de vida.  -  (crédito: Happi Raphael / Wikimedia Commons)

Existem casos graves, de prematuros extremos, que nascem antes de 28 semanas e correm mais risco de vida.

crédito: Happi Raphael / Wikimedia Commons

Neste mês é celebrado o novembro roxo com uma campanha de conscientização sobre a prematuridade, que busca informar a população sobre os desafios enfrentados por bebês que nascem antes das 37 semanas de gestação. Esses ''pequenos guerreiros''enfrentam uma série de dificuldades em seus primeiros dias e meses de vida, exigindo atenção especial da equipe médica e dos pais.



 

Os bebês prematuros apresentam diferenças significativas em relação aos que nascem a termo, que é considerado entre 37 e 41 semanas e 6 dias de gestação. De acordo com a médica pediatra Betina Costa, a principal distinção está na imaturidade dos seus sistemas corporais, especialmente o sistema imunológico, o que os torna mais vulneráveis a infecções e outros desafios de saúde. “Como resultado, muitos prematuros requerem suporte intensivo para funções básicas, como respiração e controle de temperatura, o que pode resultar em hospitalizações prolongadas”, explica.

 




A especialista enfatiza a importância do acompanhamento contínuo para esses bebês. "É fundamental para que esses bebês recebam a estimulação e o cuidado necessários para se desenvolverem no próprio ritmo", afirma. Este monitoramento é crucial não apenas nos primeiros meses, mas ao longo dos anos iniciais, quando os prematuros precisam de atenção especial para alcançar os marcos de desenvolvimento típicos.

 

Betina Costa, pediatra

Betina Costa, pediatra

Arquivo pessoal

 



Estudos demonstram que, com o cuidado adequado, muitos bebês prematuros conseguem progredir e alcançar marcos de desenvolvimento semelhantes aos de bebês nascidos a termo por volta dos dois a três anos de idade. “Essa recuperação depende de vários fatores, incluindo o grau de prematuridade, o acesso a cuidados especializados e o ambiente familiar”, ensina.


A IMPORTÂNCIA DO APOIO FAMILIAR


Além do suporte médico, o envolvimento da família é essencial para o desenvolvimento dos bebês prematuros. "A estimulação e o amor que os pequenos recebem em casa fazem toda a diferença na recuperação e crescimento," alerta a médica

No Brasil, a prematuridade é um problema de saúde pública significativo. De acordo com dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 11% dos nascimentos no país são prematuros, o que representa cerca de 300 mil bebês por ano. Esses números reforçam a necessidade de uma rede de apoio e conscientização sobre a prematuridade, visando melhorar a saúde e a qualidade de vida desses recém-nascidos.

"Conscientizar a sociedade sobre a prematuridade é um passo crucial para que possamos oferecer o suporte necessário a essas famílias, ajudando os bebês a superar os desafios iniciais e a se desenvolverem com saúde”, destaca a médica.

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