Caso a mulher não tenha ovulado, o anticoncepcional de emergência deverá impedir ou retardar a liberação do óvulo, evitando a fertilização -  (crédito: Freepik)

Caso a mulher não tenha ovulado, o anticoncepcional de emergência deverá impedir ou retardar a liberação do óvulo, evitando a fertilização

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A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência recomendado quando há falhas em outros métodos já adotados pela mulher. Como explica a médica ginecologista e consultora da DKT South America, empresa fornecedora de soluções voltadas para o planejamento familiar, Liliane de Melo Guimarães, ela deve ser usada em situações como ruptura do preservativo no momento da ejaculação, esquecimento da pílula anticoncepcional convencional e também em casos de violência sexual.


 

“O principal objetivo da pílula do dia seguinte é inibir a ovulação e, assim, dificultar a incidência de gravidez. Caso a mulher não tenha ovulado, o anticoncepcional de emergência deverá impedir ou retardar a liberação do óvulo, evitando a fertilização”, explica a médica, lembrando que há dois tipos de pílulas do dia seguinte: de dose única e de duas doses. Ambas são administradas por via oral, mas há algumas diferenças entre elas.

 




 

A primeira deve ser tomada o mais breve possível após a relação sexual desprotegida, não ultrapassando 72 horas. “Quando a paciente faz o uso do medicamento corretamente, a eficácia da pílula de dose única é de 98%”, esclarece. Ao passar das 72 horas, ocorre diminuição da eficácia, uma vez que, quanto mais longe do momento do sexo desprotegido for a administração do remédio, menos eficaz ele será.


 

Já a administração da pílula do dia seguinte de dois comprimidos é diferente. A primeira dose deve ser tomada logo após a relação sexual, e a segunda, 12 horas depois da primeira. Assim, elas diminuem drasticamente a chance de fecundação do óvulo, atingindo eficácia de 95% quando tomada nas primeiras 24 horas após o ato sexual. A médica lembra que, se administrada entre 24 e 48 horas depois do sexo desprotegido, sua eficácia é de cerca de 85%. Em 49 e 72 horas após o ato sexual, cai para 58%.

 


 

“Uma das principais vantagens da pílula do dia seguinte é que ela funciona mesmo no período fértil, já que ela tem um mecanismo para impedir a gravidez. Entretanto, é importante lembrar que é um método de emergência e é fundamental que a mulher adote outras formas de evitar a gravidez”, ressalta a ginecologista. Ela lembra ainda sobre a importância de se utilizar o preservativo para prevenir ISTs, e reforça que, como qualquer pílula do dia seguinte, trata-se de um método com alta dose hormonal que não deve ser usado com frequência.

 

 

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