Conviver com a diabetes requer uma mudança de vida, uma mudança de hábito, uma mudança de olhar para o seu autocuidado -  (crédito: Freepik)

Conviver com a diabetes requer uma mudança de vida, uma mudança de hábito, uma mudança de olhar para o seu autocuidado

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Os pacientes diabéticos enfrentam desafios relacionados à alimentação, ao sono, ao bem-estar, algumas complicações com a progressão da doença, entre várias restrições e dificuldades. Para essas pessoas, é importante aprender sobre a condição, sobre o metabolismo da doença, os cuidados e uma rotina de hábitos muito específicos para controlar seu avanço e também melhorar a qualidade de vida.

 

A nutricionista clínica e mentora em vida saudável Jhenevieve Cruvinel, elenca sete condutas e orientações fundamentais aos pacientes com diabetes:

 

- Monitoramento regular da glicemia: muito importante que seja feito para que os pacientes possam acompanhar os níveis de açúcar no sangue diariamente e ajustar a alimentação e a medicação de forma eficaz, evitando tanto os picos da hiperglicemia quanto a hipoglicemia.

 

 

- Mudança de hábito alimentar: ter uma alimentação baseada em minerais, vitaminas e fibras. Para isso é preciso que se priorize os alimentos naturais e os de baixo índice glicêmico como os vegetais, os grãos integrais, as leguminosas e as frutas, que tenham menor quantidade de açúcar. Isso ajuda a estabilizar os níveis de glicose e evita esses picos sanguíneos da glicemia.

 

Alguns desses alimentos,  excepcionais para a diabetes, são a aveia, que possui uma substância chamada beta glucana, que ajuda a controlar a glicose e reduz o colesterol; além da batata doce e a batata yacon, que ajudam bastante na regulação da glicose sanguínea; e as leguminosas como os feijões, lentilhas, grão-de-bico, excelentes fontes de fibra e de alguns minerais também têm proteínas e são de baixíssimo índice glicêmico.

 

As gorduras boas, como o coco e o abacate também vão reduzir a absorção da glicose e ajudar a regular o açúcar no sangue também. Assim como as sementes da chia, da linhaça, que são ricas em ômega 3 e melhoram a sensibilidade à insulina também. As frutas com baixo índice glicêmico são a acerola, maracujá, maçã, peras, frutas vermelhas, o pêssego e a nêspera.

 

Os vegetais verdes escuros são aliados, mas, dependendo da medicação, é preciso regular o consumo desses alimentos. Eles são pouco calóricos e são ricos em várias vitaminas e fibras, que ajudam no controle dessa glicemia, além dos peixes, que também podem auxiliar nesse processo. 

 

Algumas substâncias como resveratrol, por exemplo, podem ser prescritas para regular a inflamação e melhorar a função metabólica, beneficiando o controle dessa glicemia. Assim como a cúrcuma, a canela, o gengibre, o alho, a cebola, que possuem substâncias anti-inflamatórias e que podem ajudar também nesse processo. E as oleaginosas em pequenas quantidades também possuem gorduras saudáveis, fibras e minerais importantíssimos no controle glicêmico.

 

- Prática de exercícios: deve ser feita regularmente. Não importa muito qual atividade, mas de preferência as atividades de baixo impacto, como uma caminhada, natação, musculação com acompanhamento de um profissional. São exercícios que ajudam a melhorar a sensibilidade à insulina nos receptores das células. Isso influencia no controle da glicose e na manutenção, além de prevenir o avanço da doença e as complicações advindas do diabetes.

 

 

- Hidratação: um ponto fundamental para um paciente diabético, que geralmente bebe água em pouca quantidade. A hidratação é importante para regular a glicose e evitar que haja complicações renais e cardiovasculares, bem comuns nesses pacientes.

 

- Atenção para as partes periféricas do corpo, principalmente os pés:  é preciso diariamente se atentar para o surgimento de alguma ferida ou infecção, porque o diabetes pode afetar muito a circulação e a cicatrização. Estes pacientes geralmente demoram para perceber que há uma lesão.

 

- Fazer o controle do estresse: atentar aos níveis que elevam outros marcadores como cortisol, adrenalina e que podem desregular a glicemia. Então, promover práticas de bem-estar, seja meditação, yoga, tai chi, procurar aprender sobre respiração profunda, exercícios que mantenham o equilíbrio emocional, fazer o acompanhamento terapêutico, são atitudes que podem retardar o avanço da doença. Dormir bem também ajuda a regular esse estresse e é importante para a regulação hormonal do corpo. Quem dorme mal acaba favorecendo a resistência à insulina e piora a condição de saúde.

 

- Redução ou não consumo de industrializados, os ultraprocessados: todos esses alimentos têm acréscimos de açúcares e gorduras, o que favorece a complicação da doença, o avanço da enfermidade, mesmo o paciente tratado e medicado. Então, é uma mudança de vida, uma mudança de hábito, uma mudança de olhar para a sua alimentação, para o seu autocuidado.

 

"Precisa haver uma ressignificação, um acompanhamento profissional regular com médico, nutricionista, terapeuta, para que haja aí um equilíbrio emocional e físico, e essa doença não avance causando comorbidades que são gravíssimas".

 

 

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