A doença pulmonar obstrutiva crônica tende a surgir após os 40 anos (Imagem: Nadiia Lapshynska | Shutterstock) -  (crédito: EdiCase)

A doença pulmonar obstrutiva crônica tende a surgir após os 40 anos (Imagem: Nadiia Lapshynska | Shutterstock)

crédito: EdiCase

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma patologia que obstrui as vias aéreas, tornando a respiração mais difícil para os pacientes. Além da exposição à fumaça da poluição ambiental e das queimadas, o tabagismo é caracterizado como principal fator de risco para o desenvolvimento da doença.

 

Atualmente, a condição é classificada como a 4ª causa de morte no mundo. Contudo, no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a DPOC está presente na vida de cerca de 10,1% da população no Brasil e afeta a saúde de 15,8% dos adultos com mais de 50 anos que vivem na cidade de São Paulo, por exemplo. 

 

 

Entre os principais sintomas da doença estão:

 

  • Falta de ar aos esforços
  • Tosse crônica
  • Tosse com secreção
  • Pigarro

 

Como o tabagismo está diretamente associado ao aparecimento da condição, o Ministério da Saúde alerta para os subtipos de fumo como cachimbo, narguilé, maconha e até a exposição passiva à fumaça.

 

No Brasil, o diagnóstico, tratamento e demais aspectos relacionados à doença seguem o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), atualizado em 2021. No entanto, mesmo após três anos de sua implementação, cerca de 30% das unidades federativas ainda não adotaram ou estão em processo de regulamentação da cartilha.

 

 

 

“Essa falta de implementação dificulta o acesso dos pacientes ao tratamento, pois, ao buscarem atendimento, encontram profissionais desinformados, escassez de especialistas e desafios para realizar exames avaliativos”, comenta Flávia Lima, presidente da Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas (Abraf). 

 

Flávia explica que os pacientes com DPOC enfrentam uma jornada longa e cheia de desafios, começando pelo subdiagnóstico e a falta de informação, acesso e atendimento especializado. Segundo ela, muitos que procuram a associação estão perdidos no sistema de saúde e, quando há suspeita de DPOC, não conseguem realizar a espirometria, exame que avalia a saúde pulmonar e pode diagnosticar doenças respiratórias. "As principais demandas dos pacientes são dúvidas sobre onde encontrar serviços de saúde ou centros de referência para diagnóstico e tratamento, além de orientação adequada sobre o uso de dispositivos inalatórios e o acesso ao tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS)".


O tratamento padrão para casos de DPOC inclui a combinação de diferentes medicamentos inalatórios, como os broncodilatadores beta-adrenérgicos de longa ação (Laba), broncodilatadores anticolinérgicos (LAMA), e os corticoides inalatórios, que quando associados, é também conhecida como terapia tripla. No entanto, nem sempre essa combinação será suficiente para controlar os sintomas e prevenir as crises dos pacientes com DPOC grave, sendo necessária uma avaliação de um médico ou pneumologista para avaliar a situação clínica do paciente e das suas necessidades.

 

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