O Dia Nacional do Doador de Sangue, celebrado nesta segunda-feira (25), visa incentivar a ação que garante reserva de sangue, componentes e hemoderivados para os brasileiros. Em 2023, 1,6% da população doou sangue pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que rendeu mais de 3,2 milhões de bolsas coletadas. Segundo o Ministério da Saúde, até o último mês de março ocorreram 731.734 doações no país.
“Apesar de parecer um número expressivo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que cada país tenha uma população doadora entre 1% e 3%, e que cada região avalie qual o melhor número para suprir as necessidades locais. Então, há um longo caminho a ser percorrido e campanhas de incentivo são essenciais”, comenta o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal.
A transfusão de sangue é necessária em diversas situações, como anemias crônicas, cirurgias de urgência, acidentes que causam hemorragias, complicações da dengue, febre amarela, tratamento de câncer e outras doenças graves. Ou seja, o consumo das doações são diárias e contínuas.
Compatibilidade
Além do espírito de solidariedade, o doador deve ter conhecimento do seu tipo sanguíneo. Vários sistemas de grupos sanguíneos são encontrados no sangue. Os mais importantes para a transfusão de sangue são os sistemas ABO e Rh. Um indivíduo pode ter sangue de um dos quatro grupos sanguíneos O, A, B ou AB que funciona da seguinte forma:
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O tipo A pode doar para receptores A e AB
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O tipo B pode doar para receptores B e AB
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O tipo AB pode doar apenas para receptores AB
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Já o tipo O pode doar para AB, B, A e O
Estes grupos sanguíneos poderão ser de fator Rh positivo ou negativo. Nesse sentido, o sistema pode ser visto desta forma:
Vale destacar que o tipo O- é conhecido como doador universal, já que pode doar para todos os tipos sanguíneos. Já o tipo AB+, é conhecido como receptor universal, ou seja, pode receber de todos os outros.
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Para descobrir qual o seu tipo sanguíneo, é necessário um pedido de exame de tipagem sanguínea - emitido por um profissional da saúde. O documento é semelhante a um pedido de hemograma convencional. Depois, é só aguardar o prazo informado pelo laboratório e descobrir o seu grupo sanguíneo.
Sei o meu tipo sanguíneo, e agora?
No Brasil, pessoas de 16 a 69 anos podem doar sangue. É preciso pesar, no mínimo, 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar em jejum. No dia da doação, é necessário levar documento de identidade com foto.
De acordo com o presidente da Anadem, os doadores brasileiros têm alguns direitos específicos assegurados pela legislação, entre eles o anonimato e o sigilo, assim como a confidencialidade de suas informações pessoais e de seu estado de saúde. “Como garante a Lei n.º 10.205, de 21 de março de 2001, este é um ato totalmente voluntário, sem qualquer forma de remuneração”
Homens podem doar até quatro vezes ao ano com intervalos mínimos de dois meses. Já as mulheres podem fazer três doações anuais, com intervalos de três meses entre cada uma.
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