Em tempo de pós-pandemia, está clara a importância da imunização para conter o avanço de diferentes doenças. O coronavírus ensinou uma lição e lembra como as vacinas podem reduzir a incidência de mortes. O que é mais relevante ainda se considerados grupos específicos, mais vulneráveis a complicações de saúde. O infectologista Carlos Starling cita outras patologias que podem ser prevenidas pela vacinação, especialmente para pessoas com mais de 60 anos.
"De forma geral, são diferentes infecções que, muitas vezes, se agravadas, podem representar risco aumentado de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo, ou complicações de doenças já existentes. Infecções extremamente danosas para quem tem 60 anos ou mais, que podem gerar sérias complicações", diz o médico.
Ele explica quais são essas doenças e como funciona a vacina para cada uma delas, considerando essa faixa etária. As vacinas fundamentais para quem tem mais de 60 anos são:
- Influenza: uma vez por ano
- COVID-19: uma vez por ano
- Vírus sincicial respiratório: uma vez por ano
- Herpes zoster: duas doses com intervalo de dois meses entre as doses
- DPT (difteria, coqueluche e tétano): uma dose a cada dez anos (verificando quando foi tomada a última dose)
- Pneumo 13: uma dose
- Pneumo 23: seis meses após a pneumo 13, com reaplicação a cada cinco anos
Em um momento em que voltam a aparecer casos de COVID-19, a intenção é fazer um alerta. "A vacina é a maneira mais fácil de evitar complicações, internações e mortes, para o coronavírus e outras condições de saúde", reforça Carlos Starling.
Entre as pessoas com mais de 60 anos, os idosos com mais propensão em desenvolver essas doenças, explica o infectologista, são os que têm diabetes, hipertensão, insuficiência cardíaca ou renal, e pacientes em uso de imunossupressores (drogas que comprometem a resposta imunológica).
- Não é só gotinha: entenda como funciona a vacinação contra a pólio
- Médicos alertam gestantes sobre importância da vacinação no pré-natal
"Vacinar-se contra a Influenza, por exemplo, já se tornou um hábito entre esse público, mas isso não acontece para as outras doenças. É preciso incentivar a imunização, já que, nesse recorte, a cobertura vacinal ainda não é satisfatória", aponta Carlos Starling.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia