Alguns ingredientes podem substituir o trigo, que contém glúten (Imagem: Lucie Peclova | Shutterstock) -  (crédito: EdiCase)

Alguns ingredientes podem substituir o trigo, que contém glúten (Imagem: Lucie Peclova | Shutterstock)

crédito: EdiCase


A doença celíaca, que afeta cerca de 1% da população mundial segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma condição autoimune desencadeada pela ingestão de glúten. No Brasil, estima-se que 2 milhões de pessoas convivam com a doença, mas ela ainda é pouco diagnosticada e discutida, tanto na área médica quanto no meio social.

De acordo com a gastroenterologista e professora da FCM-MG,  Rhaissa Said, a doença celíaca “pode se manifestar de diferentes formas, especialmente em adultos, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico. Muitos pacientes apresentam sintomas que podem ser confundidos com outras condições, como síndrome do intestino irritável ou intolerância à lactose, o que atrasa a identificação da doença e o início do tratamento adequado”.

 

 

Caracterizada pela intolerância ao glúten (presente no trigo, centeio, cevada e aveia), a doença celíaca provoca uma inflamação no intestino delgado, comprometendo a absorção de nutrientes. “Os sintomas variam desde problemas gastrointestinais, como diarreia e dor abdominal, até manifestações extraintestinais, como anemia, osteoporose e até infertilidade”, explica Rhaissa. Embora o único tratamento disponível seja uma dieta rigorosamente livre de glúten, a professora reforça que “essa dieta é desafiadora, pois o glúten está presente em uma ampla variedade de alimentos, o que exige atenção constante dos pacientes para evitar a contaminação cruzada e a ingestão acidental da proteína”.

 

I Simpósio Internacional de Doença Celíaca

 

O I Simpósio Internacional de Doença Celíaca da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais promoverá, no próximo dia 9/12, uma discussão ampla e atualizada sobre a doença celíaca, abordando desde os avanços no diagnóstico até os desafios do tratamento e manejo.

 

Organizado pela Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG), o Simpósio será realizado no Teatro Feluma, das 8h às 17h, reunindo especialistas renomados, como o professor da Harvard Medical School,  Alessio Fasano, um dos maiores especialistas sobre a doença, e  Juan Pablo Stefanolo, responsável pela disseminação de pesquisas e avanços na gastroenterologia em toda a América Latina. Ambos compartilharão as mais recentes pesquisas e práticas no diagnóstico e tratamento da doença celíaca.

 

O evento contará com a presença de grandes nomes da área, como Fasano e Stefanolo, além do Reitor da Feluma e da FCM-MG, Professor José Celso Cunha Guerra Pinto Coelho. Outros especialistas também compartilharão conhecimentos e experiências para enriquecer a compreensão da doença celíaca no Brasil.

 

Entre os temas em destaque, estão: “Doença Celíaca: mais do que genes e paradigmas ambientais”, “Panorama global e brasileiro da doença celíaca”, “Diagnóstico e acompanhamento da doença celíaca”, “Diagnóstico precoce em crianças: preocupações com crescimento e desenvolvimento”, “Dieta sem glúten: aspectos práticos e nutricionais”, e “Doença celíaca e distúrbios de pele”. O evento promete uma programação rica e informativa, com painéis diversos para fomentar o debate e o aprendizado.

 

 

Serviço:

Evento: I Simpósio Internacional sobre Doença Celíaca

Data: 9 de dezembro de 2024

Horário: 8h às 17h

Local: Teatro Feluma, Alameda Ezequiel Dias, 275, 7° andar - Centro, Belo Horizonte - MG

Ingressos disponíveis em https://bileto.sympla.com.br/event/98914

 

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FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS

 

Com mais de 70 anos de tradição, a Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais é referência no país nos cursos da área da saúde: Medicina, Psicologia, Enfermagem, Odontologia e Fisioterapia. Um dos principais pilares da instituição é a promoção da prática desde o início da jornada acadêmica. Além disso, os estudantes têm a possibilidade de desenvolver projetos de pesquisa e extensão, participar de intercâmbios internacionais e projetos de saúde humanizada como o Projeto Saúde Coletiva.