Dose mensal de Ozempic sai ao redor de R$ 1.000,00 -  (crédito: Getty Images)

Dose mensal de Ozempic sai ao redor de R$ 1.000,00

crédito: Getty Images

O Ozempic, nome comercial da semaglutida, é um medicamento desenvolvido originalmente para o tratamento de diabetes tipo 2. Recentemente, ganhou destaque no Brasil e no mundo por seu uso associado à perda de peso, especialmente em pessoas com obesidade.

Apesar de seus benefícios comprovados, a popularização trouxe também uma onda de mitos e desinformação. Gisele Werneck, médica nutróloga e especialista em bem-estar, beleza e performance humana, esclarece as dúvidas mais comuns sobre o tema.

 

 

O que é o Ozempic e por que ele se popularizou?

O Ozempic é uma medicação injetável que atua mimetizando um hormônio intestinal, o GLP-1, responsável por regular os níveis de glicose e a sensação de saciedade. No contexto da obesidade, ele ajuda a reduzir o apetite, promover a perda de peso e melhorar a saúde metabólica.

Segundo Werneck, a popularização do Ozempic como auxiliar no emagrecimento ocorre devido aos resultados significativos alcançados por muitos pacientes, além de estudos recentes que indicam benefícios adicionais, como a redução do risco de doenças cardiovasculares, incluindo AVC e infarto. Abaixo a entrevista com a nutróloga.

O Ozempic causa câncer?

Não, o Ozempic não causa câncer. Pelo contrário, ele pode ajudar pacientes com obesidade a reduzirem o risco de desenvolver tipos de câncer associados ao excesso de peso. Sabemos que a obesidade está relacionada a mais de 15 tipos de câncer, incluindo o de mama. Perder peso com o auxílio do Ozempic pode ser um fator de proteção.

Existe o ‘Ozempic Face?

É mito, não existe uma "síndrome" chamada Ozempic Face. O que ocorre é que a perda rápida de peso, sem acompanhamento médico adequado, pode levar à perda de massa muscular e à flacidez, inclusive no rosto e glúteos. A chave é um acompanhamento médico e nutricional cuidadoso para evitar esses efeitos colaterais", ressalta a especialista.

Pode causar efeitos gastrointestinais?

Sim, efeitos colaterais como náusea, diarreia ou constipação são comuns em alguns pacientes. A sensibilidade à medicação varia, mas esses sintomas geralmente são transitórios e podem ser controlados com ajustes na dosagem ou dieta.

Reduz riscos cardiovasculares?

Verdade, estudos recentes confirmam que o Ozempic pode diminuir os riscos de doenças como infarto e AVC. Ao ajudar na perda de peso e na melhora da síndrome metabólica, o medicamento tem impacto positivo na saúde cardiovascular.

Nem todos emagrecem com o Ozempic?

Verdade, algumas pessoas podem não obter o efeito emagrecedor esperado, o que pode estar ligado a hábitos alimentares inadequados ou a problemas metabólicos. Por isso, o acompanhamento médico e nutricional é indispensável para personalizar o tratamento e otimizar os resultados.

A importância do acompanhamento médico

O uso do Ozempic deve ser sempre orientado por um médico, que avaliará se a medicação é indicada para o paciente e monitorará possíveis efeitos colaterais. Além disso, o apoio de um nutrólogo pode potencializar os resultados, ajustando a dieta às necessidades do paciente e garantindo a manutenção de massa muscular e saúde geral. Minha missão é ajudar cada paciente a alcançar seus objetivos de saúde de forma segura e sustentável, e o Ozempic pode ser uma ferramenta valiosa, mas nunca deve ser usada de forma indiscriminada.

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