Com a correria do dia a dia, é comum que algumas regiões sejam esquecidas durante a aplicação do protetor solar -  (crédito: Freepik)

Com a correria do dia a dia, é comum que algumas regiões sejam esquecidas durante a aplicação do protetor solar

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A pele é um dos órgãos do corpo humano mais afetados pela radiação ultravioleta, que causa o fotoenvelhecimento precoce e aumento do risco de câncer de pele. Por isso, é necessário utilizar produtos de proteção solar em todas as áreas do corpo, mesmo nos dias mais cinzas. Mas, com a correria do dia a dia, é comum que algumas regiões sejam esquecidas durante a aplicação do protetor solar. E, mesmo que não estejam tão expostas, essas regiões também sofrem danos e devem receber a mesma proteção.

 

Médica e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Lilian Brasileiro lista algumas das regiões que comumente são ignoradas na hora de aplicar o protetor solar:

 

Pálpebras

 

As pálpebras, e toda a região dos olhos, estão recebendo cada vez mais atenção, com consequente aumento da incidência de câncer de pele nesses locais. “Para uma proteção solar adequada, é importante usar o fotoprotetor de forma que cubra todo o rosto, além de utilizar chapéus e principalmente óculos de sol, já que a área dos olhos tem uma pele extremamente fina e susceptível a danos, inclusive câncer”, explica a especialista. “Vale ressaltar que a pele da região dos olhos é muito delicada e alguns filtros podem causar irritação. Dessa forma, o paciente deve priorizar produtos oftalmologicamente testados, protegendo a área sem correr risco de reação.”

 

 

Nariz

 

Após um dia de sol, é comum perceber irritação na ponta e nas laterais do nariz. Isso ocorre porque há menos cobertura de fotoproteção nessas regiões. “As pessoas costumam negligenciar todo o contorno do nariz ou passar rápido demais no local. Esta área, que costuma estar extremamente exposta, merece mais atenção pois a câncer de pele também pode atingi-la”, explica Lilian Brasileiro.

 

Lábios

 

Os lábios são constituídos por uma pele muito fina e sem glândulas sebáceas, e, assim como o nariz, estão muito expostos à radiação solar. “Quando ocorre câncer de pele nos lábios, em aproximadamente 90% dos casos, ele surge no lábio inferior e o tipo mais comum é o carcinoma espinocelular”, esclarece a médica. “Então, é muito importante aplicar diariamente protetor solar com FPS 30 ou maior na região e reaplicar a cada duas horas ou após comer ou beber.”

 

Orelhas

 

A região das orelhas é uma das mais esquecidas, e também uma das mais expostas. “Principalmente para os homens ou mulheres de cabelo curto, é uma região muito exposta. Durante a aplicação do produto, devemos lembrar de espalhar também na parte de trás da orelha”, aponta.

 

Pescoço

 

Segundo Lilian Brasileiro, a pele do pescoço e colo é muito fina e sensível devido a menor quantidade de glândulas sebáceas, por isso, está mais propensa a envelhecer precocemente. “Muitas pessoas acreditam que a sombra gerada pela face é suficiente para proteger a região, mas isso não é verdade. O pescoço também é atingido pela radiação solar”, destaca a médica.

 

 

 

Cotovelo

 

É muito comum aplicar o protetor nos braços e não verificar se foi espalhado corretamente. Nesses momentos, o cotovelo, por ser uma região não tão visível, acaba recebendo menos atenção. “Os pacientes não costumam envolver o braço como um todo na hora de aplicar o fotoprotetor. E isso é perigoso, pois os cotovelos são áreas com poucas glândulas sebáceas, naturalmente mais secas, e mais suscetíveis aos danos ambientais. Como são áreas de dobra e atrito, também são mais propensos a desenvolver manchas”, esclarece Lilian.

 

Glúteos

 

Mesmo sendo a região menos citada na proteção diária, a região dos glúteos também recebe impacto dos raios ultravioleta, e nem sempre o material de sungas, biquínis e maiôs é eficiente para proteger a pele, o que pode deixar as áreas íntimas queimadas, vermelhas e sensíveis. “A forma certa de aplicar o protetor solar é 30 minutos antes da exposição solar, sem roupa, de maneira uniforme, espalhando bem e evitando acúmulos em algumas áreas. Ele deve ser aplicado em todo corpo”, afirma.

 

Quanto à quantidade ideal de produto que deve ser aplicada, Flávia Brasileiro, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que deve ser de 2mg/cm2 para obter a proteção do fator de proteção solar (FPS) descrito na rotulagem é necessário.

 

“De forma prática, pensando na face, essa medida equivale a uma colher de café cheia. Já no caso do corpo, o recomendado é aplicar uma colher de café no braço e antebraço direitos, uma colher no braço e antebraço esquerdos, duas colheres no torso (uma para a frente e uma para as costas), duas colheres para a coxa e perna direitas (uma para a parte da frente e uma para a parte de trás), e duas colheres para coxa e perna esquerdas (uma para a parte da frente e uma para a parte de trás)”, explica Flávia, que ainda ressalta a importância de, no corpo, aplicar o filtro solar antes de colocar a roupa.

 

 

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