Sentir dor no joelho é algo tão comum que algumas pessoas se habituaram a dizer que este é um sinal de que chegou a vida adulta. De acordo com o ortopedista do HCor, Rene Abdalla, isso ocorre pelo fato desta ser uma das articulações do corpo mais usadas em atividades comuns do cotidiano, como andar, sentar e levantar. Para minimizar esse quadro, médicos e acadêmicos têm reforçado a importância de fortalecer os músculos envolvidos nessas atividades.

 

Pesquisas realizadas por instituições como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) demonstram que o fortalecimento promovido pela musculação contribui tanto para a prevenção quanto para o tratamento de dores crônicas do joelho, já que músculos mais treinados  atuam como espécies de amortecedores, reduzindo os impactos gerados sobre estruturas importantes do joelho, como as cartilagens e os meniscos.

 



 

Apesar de compartilhar essa visão, o treinador da Smart Fit Daniel Silva faz uma ressalva: para maximizar os benefícios da musculação para os joelhos e evitar efeitos contrários, é preciso se atentar às diferenças significativas do treinamento voltado à preservação articular em relação àquele cujo principal objetivo é a hipertrofia.

 

"O treino de hipertrofia, na grande maioria das vezes, está destinado a exaurir o músculo ou grupo muscular ao máximo, para que, no processo de recuperação, ocorra um aumento significativo da área. Já quando se desenvolve um trabalho direcionado à preservação do joelho, o objetivo não é o de fadigar a musculatura e sim de conseguir que ela obtenha resistência associada a execução correta (saudável), o que por sua vez resultará em uma maior longevidade para a articulação", afirma o profissional.

 

 

 

Por esse motivo, ao prescrever um protocolo geral de treinamento voltado à prevenção e/ou redução da dor no joelho, Daniel indica a aplicação de cargas baixas ou moderadas, bem como séries que tenham um volume entre oito e 12 repetições.

 

Outro ponto importante, segundo ele, é compreender que o trabalho de fortalecimento não deve se restringir a exercícios com foco direto nos músculos ao redor do joelho, como a cadeira extensora. É preciso trabalhar os membros inferiores da maneira mais completa possível, visto que a musculatura de articulações complementares, como a do quadril e a do tornozelo, também contribui para a diminuição da pressão sobre a estrutura do joelho no dia a dia.

 

 

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