A temporada de festas, confraternizações e férias começaram e com elas vêm toda uma tradição que envolve muitas comidas diferentes da rotina, repletas de memórias afetivas e, também, muitas calorias devido ao alto teor de açúcar e gordura presente nesses preparos.

 


É natural que todos saiam um pouquinho da rotina em momentos de descontração, mas é importante o cuidado com os excessos alimentares e de bebidas alcoólicas que trazem consequências negativas à saúde. A nutricionista clínica e mentora em vida saudável Jhenevieve Cruvinel indica sugestões para ter uma ceia de natal mais saudável.

 

  • Capriche nas frutas e saladas, faça tábuas de frutas frescas, saladas coloridas e variadas
  • Aposte na lentilha, fonte de proteínas e riquíssima em Ômega 6 e 9, vitaminas do complexo B1, zinco e magnésio que vão ajudar bastante na saúde neste período
  • Busque preparos mais saudáveis para as receitas tradicionais, como a rabanada que pode ser feita assada, a redução ou substituição de açúcar nas receitas por adoçantes como a estévia, eritritol ou xilitol. Assim como o preparo de molhos e acompanhamentos mais saudáveis para a ceia ajudam bastante a reduzir o percentual calórico dos alimentos

 



 

Comidas da ceia de Natal


De acordo com  Jhenevieve, o cuidado com o equilíbrio alimentar deve ser pensado de maneira ampla, levando em consideração que essa época festiva deve ser aproveitada e celebrada, mas que a saúde não deve ser deixada de lado.

 

O principal cuidado neste período, segundo a nutricionista, deve ser com os excessos alimentares, já que é comum o aumento da oferta e atrativo pela comida. “Evite consumir grandes quantidades de alimentos ricos em açúcar, gordura e sal. Evite repetir os alimentos e sim saborear e apreciar tudo em pequenas porções degustando. Todo excesso alimentar leva a sobrecarga do sistema digestivo, picos de glicemia, inchaço e distensão abdominal, cansaço, desregulação hormonal e até mesmo de humor, aumentando também o risco para as doenças cardiovasculares nesta época do ano”, adverte.

 

Outro ponto importante é o comportamento alimentar quando se está em grupos. Nas festividades é comum que esqueçamos os sinais do corpo - são eles que nos comunicam se sentimos fome, saciedade, sono e sede e regulam nosso comportamento. “A correria das festas muitas vezes nos desconecta da regulação natural das emoções, o que leva a uma ‘fome’ representada pela vontade de comer algo, levando ao comer emocional ou automático”, comenta.

 

Segundo ela, outro ponto a se tomar cuidado é que essa alimentação em excesso pode levar a piora de transtornos alimentares e de imagem, a uma baixa valorização, culpa e lamentação pelos excessos cometidos e aumento do consumo de álcool, cigarro como válvula de escape dessas situações.

 

“Nesses casos é imprescindível buscar ajuda terapêutica, uma vez que as datas de confraternizações são gatilhos para comportamentos e sentimentos não tratados e vistos e a alimentação é geralmente a primeira área a sofrer essa alteração”, alerta.

 

Outros cuidados

 

O planejamento das festas, as compras, a atenção à qualidade, às datas de validade e a origem dos alimentos também deve ser levada em consideração, em geral. Estas épocas festivas levam a um aumento de episódios de intoxicação alimentar e problemas gastrointestinais, afetando em sua maioria crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas e gestantes.

 

“Faça pausas entre as refeições principais, não passe o dia provando e beliscando, mantenha os hábitos de saúde e atividade física mesmo durante esse período, selecione quais as refeições farão parte da celebração e se mantenha dentro do seu hábito alimentar nas outras. Aproveite o período do Natal para celebrar, provar e nutrir a alma de diversas maneiras, sendo a alimentação apenas uma delas. O caminho para a saúde é o aprendizado sobre o autocuidado e não a privação destes momentos”, recomenda a nutricionista. 

 

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