A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é uma doença crônica que causa desconforto e alterações intestinais, interferindo significativamente na qualidade de vida. De acordo com  Marcelo Werneck, médico proctologista e especialista em técnicas minimamente invasivas, a SII resulta de um conjunto de fatores, incluindo predisposição genética, questões emocionais e alimentação.



"Entender que o intestino é sensível a uma série de estímulos é fundamental para buscar tratamento e garantir o bem-estar", explica o especialista.

A SII é caracterizada principalmente por alterações no funcionamento do intestino grosso, causando episódios de dor abdominal, inchaço e mudanças no hábito intestinal. Embora seja uma síndrome sem uma causa única, ela está relacionada a uma combinação de fatores como desequilíbrios na microbiota intestinal, estresse, e até a maneira como o corpo responde a certos alimentos.

 

 

“Não é uma condição grave, mas afeta o dia a dia de quem sofre com ela, e por isso é tão importante conhecê-la e saber como lidar”,  destaca Werneck.

 

Sintomas

 

Os sintomas da SII variam de pessoa para pessoa, mas alguns são bastante comuns e característicos. Entre eles estão:

  • Dor ou desconforto abdominal, muitas vezes aliviados após a evacuação

  • Inchaço e gases

  • Constipação ou diarreia, ou a alternância entre ambos

  • Sensação de evacuação incompleta

Esses sinais podem piorar em situações de estresse ou após o consumo de determinados alimentos. “A Síndrome do Intestino Irritável exige atenção a como o corpo reage a cada tipo de alimento e situação. É um processo de autoconhecimento que ajuda muito na gestão dos sintomas”, comenta o proctologista.

 

Formas de tratamento para uma vida saudável

 

O tratamento da Síndrome do Intestino Irritável passa por uma abordagem integrada, que envolve mudanças no estilo de vida, alimentação equilibrada e, em alguns casos, medicamentos específicos para aliviar os sintomas.

"Incluir fibras na dieta, evitar alimentos processados e identificar gatilhos individuais são práticas que podem melhorar muito a qualidade de vida do paciente", orienta Werneck. Além disso, o acompanhamento com um nutricionista pode ser de grande ajuda nesse processo.

O médico explica que o controle do estresse também é fundamental. Técnicas de relaxamento e atividades físicas regulares têm sido recomendadas para quem convive com a síndrome, já que o estresse é um grande desencadeador dos sintomas.

" A mente e o intestino estão conectados, e manter o equilíbrio emocional é parte do tratamento", ensina o proctologista.

O especialista reforça também que procurar um médico é essencial para o diagnóstico correto e para a orientação de um plano de tratamento eficaz.

“Cada paciente é único, e o tratamento precisa ser personalizado. Com o cuidado adequado, é possível viver bem, controlando a síndrome e minimizando o impacto no dia a dia”,  disse  Werneck.

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