Após sentir dores de cabeça, mal-estar e procurar o hospital, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisou ser submetido a uma cirurgia de emergência nesta segunda-feira (9).

 

O objetivo da intervenção é drenar uma hemorragia intracraniana, de cerca de três centímetros, resultado de um acidente doméstico sofrido pelo presidente em outubro deste ano. A cirurgia durou cerca de duas horas.

 




Inicialmente, o boletim médico de Lula pelo Hospital Sírio Libanês informou que ele havia sido submetido a uma craniotomia, o que foi esclarecido em coletiva pelos médicos que acompanham o presidente e dizendo que na verdade se trata de uma trepanação (veja mais detalhes abaixo).

 

 

Lula não teve nenhuma lesão cerebral e não tem nenhum risco cerebral, disse o neurocirurgião Marcos Stavale.

 

 

O presidente está com um dreno acoplado à cabeça e deve permanecer por precaução, em observação na UTI, por 48 horas. O dreno pode ser retirado em até três dias.

 

 

O que é trepanação?

 

Realizada com um trépano, instrumento cirúrgico em forma de broca, é usado para perfurar os ossos do crânio. A abertura facilita o acesso a áreas específicas do cérebro, possibilitando a realização de intervenções neurocirúrgicas, como também aliviar a pressão craniana, causada por hematomas, por exemplo.

 

A cirurgia visa tratar problemas de saúde relacionados a doenças intracranianas, mas a prática já é utilizada desde pelo menos o século XVII para tratar "comportamentos psicológicos anormais", de acordo com "Royal College of Physicians" do Reino Unido.

 

No caso de Lula, o procedimento visou a retirada do líquido entre a caixa craniana e o cérebro, no lado esquerdo. A equipe médica orientou pela transferência do presidente para São Paulo, onde ele fez a cirurgia. Segundo a equipe, o presidente realizou todo o percurso lúcido e conversando. Ele foi acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva.

 

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