O Dezembro Vermelho, mês dedicado à conscientização sobre a Aids, ganha um novo significado em 2024. Enquanto a epidemia continua sendo um desafio global, os avanços científicos na compreensão e tratamento do HIV proporcionam esperança para milhões de pessoas. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que, atualmente, um milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil. Desse total, 650 mil são do sexo masculino e 350 mil do sexo feminino.

 

“Nos últimos 30 anos, a evolução no tratamento da Aids foi um marco na medicina, transformando a infecção de uma sentença de morte em uma condição crônica controlável”, afirma o infectologista da Rede OTO, Danilo Campos.

 



 

Entre os novos avanços e desafios, o especialista destaca que a combinação de medicamentos antirretrovirais (ARVs) tornou-se mais precisa e personalizada, permitindo controlar a carga viral e fortalecer o sistema imunológico.

 

“O uso da profilaxia pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP) tem se mostrado eficaz na prevenção da infecção pelo HIV, especialmente em grupos mais vulneráveis”, explica.

 

Pesquisas avançadas buscam a cura funcional da Aids, com o objetivo de eliminar o vírus do organismo sem a necessidade de tratamento contínuo. “Apesar dos avanços, a epidemia ainda persiste, com desigualdades no acesso aos tratamentos e estigmas que dificultam a prevenção”, reforça o profissional.

 

A Aids no Brasil

 

De acordo com dados do Ministério da Saúde, nos últimos dez anos, o Brasil registrou queda de 25,5% no coeficiente de mortalidade por Aids, que passou de 5,5 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes. O Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e a Aids (Unaids), revelou que, em 2023, o país diagnosticou 96% das pessoas estimadas de serem infectadas por HIV, sem o conhecimento da condição sorológica.

 

 

Esses resultados demonstram que o país vem avançando na resposta à epidemia, com ampliação do acesso aos tratamentos e fortalecimento das ações de prevenção. No entanto, é fundamental manter a vigilância e intensificar as campanhas de conscientização para alcançar as metas de eliminação da Aids até 2030.

 

O Dezembro Vermelho serve como um lembrete de que a luta contra a Aids ainda não acabou. “É preciso continuar investindo em pesquisa, ampliar o acesso aos serviços de saúde, combater o preconceito e promover a educação sexual para garantir uma vida mais saudável e digna para todos”, recomenda Danilo Campos.

 

 

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