Embora seja um belo espetáculo de luzes e cores para celebrar a virada do ano, a queima de fogos de artifício exige cuidados e responsabilidade para não virar um pesadelo. Na visão, as principais consequências do uso inapropriado do artefato são lesões de córnea e pálpebra e cegueira, como descreve o oftalmologista do Instituto de Olhos Minas Gerais (IOMG), Aquiles Gontijo.
O especialista explica que em casos brandos, as faíscas e a pólvora detonada durante a explosão podem acarretar vermelhidão, irritação, ardência, coceira e conjuntivite. "Em quadros severos, a explosão próxima dos rojões, com ou sem estilhaços, pode provocar queimadura química e térmica, de primeiro, segundo ou terceiro grau, catarata por trauma, descolamento de retina, perfuração, e dependendo da gravidade, pode ser necessário um transplante de córnea de urgência. Os riscos da cirurgia e a expectativa de melhora da visão dependem da gravidade da lesão”, alerta.
Em caso de lesão ocular por fogos de artifício, a recomendação do oftalmologista é esfriar a ferida com água corrente, em temperatura ambiente, até que todo o tecido esfrie. “Em seguida, vá à urgência oftalmológica, não tente extrair fragmentos, não fure bolhas, não toque os olhos. O tratamento dependerá da gravidade do quadro, poderá consistir em aplicação de pomadas/colírios ou cirurgia”, esclarece.
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O corpo de bombeiros adverte que somente profissionais técnicos habilitados e paramentados com equipamento de proteção individual (EPI) podem manusear artefatos pirotécnicos, mediante autorização de órgãos competentes. Além disso, o artefato não pode ser apontado em direção a outra pessoa, não pode ser segurado com as mãos, só pode ser disparado ao ar livre e distante de crianças e adolescentes.
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