Objetivo é conseguir resultados mais naturais e definitivos, em detrimento da harmonização facial que exige reaplicação constante do ácido hialurônico na medida em que os efeitos se perdem -  (crédito: Freepik)

O sucesso depende do tipo de preenchimento, do tempo decorrido desde da aplicação e da técnica usada na reversão

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Harmonização facial é um conjunto de procedimentos estéticos que tende a melhorar a estética do rosto, equilibrando a proporção e realçando a simetria facial. Os procedimentos podem envolver o uso de preenchimento facial, botox (toxina botulínica), lipoaspiração facial, bioestimuladores de colágeno e outras técnicas. Alguns objetivos da harmonização facial são o rejuvenescimento, melhora na simetria, definição facial, correções de imperfeições e muitos outros.

 

 

A reversão da harmonização facial é o processo de desfazer e corrigir os efeitos estéticos de procedimentos anteriores, podendo envolver a remoção ou a neutralização das substâncias utilizadas. Porém, segundo o médico dermatologista Fábio Gontijo, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), esse processo pode apresentar riscos.

 

“Comum entre celebridades, a reversão da harmonização facial pode apresentar riscos como infecções, cicatrizes, hematomas, reações alérgicas à hialuronidase - substância que ‘desfaz’ o ácido hialurônico - e danos aos nervos ou aos tecidos subjacentes. Outras complicações podem incluir inflamação e mudanças temporárias na textura da pele. É crucial que o procedimento seja realizado em um ambiente e condições estéreis e por um profissional experiente para minimizar esses riscos”, comenta.

 

 

A reversão traz de volta a aparência natural da face?

 

 

“Embora raro, existem riscos de danos permanentes, particularmente se o material injetado tiver causado alterações significativas nos tecidos ou se a reversão não for realizada corretamente, até mesmo na aplicação em excesso de substâncias reversoras podem aumentar esse risco. Isso pode incluir alterações na textura ou na elasticidade da pele. Em casos excepcionais podem impactar nervos ou músculos faciais, levando a fraqueza ou até mesmo a paralisia temporária. A reversão pode frequentemente restaurar a aparência natural, especialmente se os produtos utilizados forem temporários, como o ácido hialurônico. No entanto, o sucesso depende do tipo de preenchimento, do tempo decorrido desde da aplicação e da técnica usada na reversão.”, afirma Fábio.

 


O dermatologista ressalta: “Vale lembrar que nosso rosto já é assimétrico naturalmente, e é um grave erro buscar 100% de simetria. A reversão é geralmente recomendada quando há assimetrias perceptíveis e resultados esteticamente insatisfatórios, ou quando o paciente apresenta desconforto físico ou psicológico significativo devido aos resultados da harmonização.”

 

Avanços tecnológicos

 

 

“Um dos avanços mais notáveis é o uso da hialuronidase, uma enzima que dissolve o ácido hialurônico de forma eficaz e segura. Além disso, técnicas de imagem avançadas, como ultrassonografia, ajudam os médicos a visualizar o preenchimento, além de guiar o procedimento com mais precisão, aumentando a segurança e a eficácia da reversão.” destaca o especialista.

 

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