O consumo excessivo de açúcar é amplamente associado a problemas como obesidade, diabetes e doenças cardíacas, mas o impacto dessa substância na saúde mental também vem ganhando destaque em estudos recentes. Pesquisas mostram que dietas ricas em açúcar podem influenciar negativamente o humor, aumentar os níveis de ansiedade e até mesmo contribuir para o desenvolvimento de depressão.
De acordo com nutricionista Thainara Gottardi, especializada em nutrição esportiva e estética, a ingestão elevada de açúcar provoca picos rápidos de glicose no sangue, seguidos por quedas bruscas, que podem gerar instabilidade emocional. “Esse ciclo de altos e baixos afeta diretamente o cérebro, alterando a liberação de neurotransmissores como a serotonina, responsável pela sensação de bem-estar”, explica.
Além disso, estudos publicados em revistas científicas indicam que o consumo prolongado de açúcar pode desencadear processos inflamatórios no organismo, incluindo no cérebro. Essas inflamações estão relacionadas a sintomas de ansiedade e depressão, dificultando o equilíbrio emocional.
O impacto é ainda mais evidente em crianças e adolescentes, em que a dieta frequentemente inclui altas quantidades de açúcares refinados. “O excesso de açúcar pode afetar a concentração, aumentar a hiperatividade e, em alguns casos, intensificar sinais de ansiedade. É crucial educar famílias sobre os efeitos de longo prazo do consumo exagerado”, alerta a nutricionista.
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Por outro lado, a redução do consumo de açúcar está associada à melhora da saúde mental e do bem-estar geral. Optar por alimentos naturais, como frutas, grãos integrais e fontes de gordura saudável, pode contribuir para um humor mais estável e níveis de energia mais consistentes ao longo do dia.
A relação entre açúcar e saúde mental reforça a importância de uma alimentação equilibrada, não apenas para o corpo, mas também para a mente. “Entender como a alimentação impacta nossas emoções é um passo essencial para adotar hábitos mais saudáveis. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer uma grande diferença na qualidade de vida”, recomenda Thainara.
Embora ainda sejam necessários mais estudos para compreender a totalidade dos efeitos do açúcar no cérebro, as evidências já apontam para a necessidade de repensar o papel dessa substância na dieta.
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