PREVENÇÃO

Sete em cada 10 brasileiros não fazem check-up

As avaliações médicas periódicas são ferramenta indispensável para identificar patologias ainda assintomáticas e tratá-las precocemente

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Com o início de 2025, muitas pessoas já começaram a colocar em prática as metas estabelecidas para o novo ano. Cuidar da saúde deveria ser prioridade nesse quesito, porém, muitos têm o hábito de ir ao médico somente quando estão com algum sintoma ou em casos de emergência. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 70,6% dos brasileiros não realizam check-up regularmente, o que evidencia essa triste realidade.

Segundo o cardiologista Rodrigo Lanna, para além de fazer as avaliações de saúde no início do ano, o mais importante é manter a periodicidade, que irá depender, por exemplo, de fatores como a idade do paciente, eventuais comorbidades, presença de sintomas, entre outros.

Os adultos saudáveis, entre 18 e 40 anos, devem fazer um check-up pelo menos a cada três anos. Já para aqueles acima de 40 anos, o recomendado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) é fazer essa revisão de forma bianual. O Ministério de Saúde, por sua vez, indica que idosos acima de 60 anos, principalmente com fatores de risco, passem por exames médicos anuais.

Os principais exames utilizados, segundo o especialista, são o exame clínico e os exames laboratoriais. Essa lista, porém, não segue um padrão, pois cada paciente deve ser examinado de forma individualizada. “Dependendo do grupo de risco [do paciente], é sempre necessário exames específicos na rotina: homens acima de 40 anos, por exemplo, devem fazer a dosagem do PSA, exame de sangue que mede uma proteína produzida pela próstata, sendo capaz de detectar o câncer na região. Quem tem 45 anos deve inserir a colonoscopia na bateria de testes. Trata-se de um rastreamento do câncer de intestino.”

Rodrigo afirma ainda que o check-up é recomendado, inclusive, para as crianças. Neste caso quem as avalia é o pediatra. Esse monitoramento, segundo ele, é fundamental para verificar o desenvolvimento físico e cognitivo dos pequenos. “Também é importante que os pais se atentem ao cartão de vacinas, que deve ser preenchido com todas as doses disponíveis para cada faixa etária.”

Exame alterado, o que fazer?

O cardiologista destaca que somente o médico responsável pode confirmar a alteração de um exame no check-up e prosseguir com a investigação para descobrir se o dado alterado é patológico ou não. O que jamais é recomendado é o paciente procurar explicações para o seu caso em redes sociais mídias diversas. “Essa postura pode gerar falsas interpretações e, consequentemente, prejudicar o tratamento.”

O cardiologista orienta a nunca negligenciar a importância de uma rotina de exames periódicos. “Existem pacientes que pensam que se procurarem uma doença vão achar. Isso é um pensamento completamente equivocado. Vale lembrar que o check-up também pode ser preventivo, ou seja, mesmo que não tenhamos nenhum problema, o médico pode prescrever alguns cuidados, como orientações dietéticas e atividade física, que melhoram a qualidade de vida e podem evitar o desenvolvimento de um diabetes, hipertensão e colesterol alto, por exemplo. Isso sem falar que fazer os exames individualizados, é ferramenta indispensável para identificar patologias ainda assintomáticas e tratá-las precocemente.”

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