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Volta às aulas: cerca de 23 milhões de crianças têm problemas de visão
A OMS estima que, até 2050, o número do grupo etário entre cinco e 19 anos com miopia deve aumentar em 200 milhões no mundo todo
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Siga noO período de férias escolares é um bom momento para fazer um check-up dos olhos. Segundo o boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 23 milhões de crianças da sub-região América-B (que inclui Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Venezuela), em idade escolar, têm problemas de refração que interferem em seu desempenho diário, como problemas de aprendizado, autoestima e socialização.
“O desenvolvimento visual das crianças, ou seja, a capacidade plena de enxergar, acontece até os sete anos de idade, portanto, quando uma deficiência visual não é diagnosticada precocemente, há importantes prejuízos no aprendizado, sobretudo na fase da alfabetização”, informa Sarah David Maia, oftalmologista do Instituto de Olhos Minas Gerais (IOMG).
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A miopia, hipermetropia e o astigmatismo são os erros refrativos mais comuns em crianças, porém a primeira tem despertado mais preocupação. Atualmente, há uma pandemia da miopia, estimulada pelo uso prolongado de telas. A OMS estima, que até 2050, o número do grupo etário entre cinco e 19 anos com o problema deve aumentar em 200 milhões no mundo todo.
“Cada vez mais cedo, crianças têm apresentado miopia com uma velocidade maior de progressão do grau. A condição é definida quando a imagem de um objeto distante se forma anteriormente à retina e é caracterizada pelo aumento do comprimento axial do olho. O uso excessivo de telas e a consequente redução do tempo ao ar livre propiciam o aumento do comprimento axial do olho, contribuindo para o surgimento da miopia”, elucida Sarah David.
Segundo a oftalmologista Maria Fernanda Vianna, da Oftalmologia Felício Rocho, dor de cabeça constante, coceira nos olhos, dificuldade em acompanhar linhas de texto, sensibilidade exagerada à luz, cabeça inclinada ou um dos olhos fechados para ler, são alguns dos sinais que podem indicar um problema ocular. “Ao perceber algum desses sintomas, os pais ou responsáveis devem levar a criança para uma avaliação oftalmológica, indispensável para o diagnóstico e tratamentos adequados”, alerta.
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A oftalmologista destaca ainda que mais importante que o tratamento é a prevenção. “Prevenir é a melhor maneira de evitar danos irreversíveis na visão da criança, a começar pelo teste do olhinho, realizado pelo pediatra antes da alta da maternidade. Já a primeira consulta oftalmológica deve ser feita entre seis meses e um ano de vida. A partir daí, nas crianças que não apresentam problemas oculares, indica-se o exame anual completo até os dez anos de idade, quando ocorre o total desenvolvimento da visão”, informa.
“Pais, cuidadores e professores devem estimular o uso e jamais criticar a estética dos óculos, mostrando os benefícios, como a melhora da visão e a capacidade de executar melhor tarefas e brincadeiras do dia a dia”, recomenda Sarah.