
Homens correm mais risco de ter câncer do que as mulheres
O urologista Elizeu Bernabe Neto alerta sobre a importância de exames regulares para prevenir câncer de próstata, bexiga e rins
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Siga noNo Dia Mundial Contra o Câncer, a saúde masculina volta a ser destaque, com um chamado à conscientização sobre a prevenção de doenças como o câncer de próstata, bexiga e rins. Estudos epidemiológicos mostram que homens, em geral, são mais propensos a desenvolver câncer do que as mulheres. Essa diferença, além de fatores biológicos e hormonais, está fortemente ligada aos hábitos de vida.
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O câncer de próstata, por exemplo, é o mais comum entre os homens brasileiros, representando cerca de 29% dos casos de câncer masculino no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Apesar disso, muitos evitam exames simples como o PSA (antígeno prostático específico) e o toque retal.
“O preconceito ainda é um dos grandes desafios. O exame de toque é rápido, indolor e pode fazer toda a diferença. Detectar o câncer em estágios iniciais aumenta consideravelmente as chances de cura, que podem chegar a 90%”, ressalta o urologista.
Os cânceres de bexiga e rins, também em alta, têm relação com fatores como o cigarro, a exposição a substâncias químicas e o sedentarismo, que poderiam ser reduzidos com mudanças no estilo de vida e cuidados preventivos.
Além de fatores genéticos, os comportamentos masculinos contribuem para o aumento dos riscos. “Fumar, beber em excesso e descuidar da alimentação são hábitos mais comuns entre os homens. Quando associados à falta de visitas regulares ao médico, esses fatores se tornam um grande problema de saúde pública”, destaca o médico.
Estatísticas indicam que os homens frequentemente chegam ao consultório com a doença já em estágios avançados, o que limita as opções de tratamento e reduz as chances de cura.
Dados do INCA revelam que mais de 72 mil novos casos de câncer de próstata devem ser registrados no Brasil em 2025. Homens acima dos 50 anos, especialmente os que têm histórico familiar da doença, estão entre os grupos de maior risco.
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“O comportamento de postergar exames de rotina precisa mudar. É um problema cultural que precisa ser enfrentado com educação e campanhas de conscientização”, reforça Elizeu Bernabe.