ARTIGO

Primeiro pet: como escolher a raça certa para sua família

Não há cães 'difíceis' ou 'errados', mas sim escolhas inadequadas para determinado estilo de vid

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Giovanna Campos Duarte Florenzano, médica veterinária - A escolha de um cão deve ser feita com responsabilidade, considerando não apenas a aparência, mas também as características e necessidades da raça. Muitas famílias escolhem com base no porte e na estética, sem avaliar o propósito original da raça, o que pode gerar desafios na convivência.

Raças como Golden Retriever, Jack Russell Terrier, Husky Siberiano e Rottweiler possuem instintos e níveis de energia distintos que devem ser compatíveis com o estilo de vida do tutor. A decisão também deve levar em conta o tempo disponível para treinamento e cuidados.

Após definir a raça ideal, é essencial preparar o ambiente para a chegada do filhote, garantindo segurança e facilitando o processo de adaptação. Isso inclui proteger objetos frágeis, oferecer brinquedos adequados e ensinar hábitos de higiene.

No fim, não há cães "difíceis" ou "errados", mas sim escolhas inadequadas para determinado estilo de vida. Com pesquisa, planejamento e dedicação, a adoção pode se tornar uma experiência harmoniosa e gratificante.

Ansiedade de separação em cães: saudade ou sofrimento?

A ansiedade de separação em cães é um transtorno caracterizado por intenso sofrimento quando o animal é afastado do tutor. Diferente de vingança, o comportamento destrutivo reflete pânico e angústia. Os sintomas variam desde sinais sutis, como salivação excessiva e inquietação, até comportamentos extremos, como automutilação e destruição de objetos.

O diagnóstico deve ser feito por um veterinário comportamentalista, com apoio de gravações para análise do comportamento do cão. Estratégias como saídas discretas, enriquecimento ambiental, passeios antes da separação e a presença de um pet sitter podem ajudar a reduzir o estresse. A punição é desaconselhada, pois agrava a ansiedade. Com acompanhamento profissional, é possível melhorar a qualidade de vida do animal e do tutor. 

Clima quente e úmido: cuidados com o pet


Nos meses mais quentes e úmidos do hemisfério sul (novembro a março), cães e gatos podem sofrer com o calor intenso, levando a quadros de hipertermia, especialmente quando a temperatura corporal ultrapassa 40°C. A intermação ocorre quando o animal não consegue dissipar calor adequadamente, podendo ser fatal.

Cães braquicefálicos (Pugs, Bulldogs, Shih Tzus) são mais vulneráveis devido a dificuldades respiratórias, assim como animais obesos, idosos e raças mini (Yorkshire Terrier, Spitz Alemão), que podem sofrer colapso de traqueia.

Os principais sintomas da intermação incluem respiração ofegante excessiva, gengivas avermelhadas ou arroxeadas, vômito, hipersalivação, desorientação e convulsões. Caso ocorram, é essencial buscar atendimento veterinário imediato. Enquanto isso, recomenda-se resfriar o pet com toalhas úmidas e água fria, evitando gelo ou água gelada para não agravar o quadro.

A prevenção é a melhor estratégia: manter os animais hidratados, evitar passeios nos horários mais quentes, garantir sombra e ventilação adequadas, cuidar da pelagem e evitar secadores com jato quente. O desconforto térmico afeta tanto humanos quanto animais, tornando essencial a atenção redobrada nos dias de calor intenso. 

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