Cuidado na folia: misturar álcool e medicamentos implica em riscos à saúde
A combinação pode causar desde reações leves até efeitos graves como insuficiência respiratória e sangramentos
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Siga noDurante o carnaval, a ingestão de bebidas alcoólicas tende a aumentar entre os foliões. No Brasil, o consumo de álcool já supera a média global. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a media anual per capita no pais e de 7,7 litros, enquanto no mundo esse numero e de 5,5 litros. No entanto, muitos não sabem que o álcool, quando ingerido com certos medicamentos, pode reduzir a eficácia ou ate causar efeitos colaterais graves.
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Dependendo do tipo de medicamento, o álcool pode reduzir sua absorção, tornando-o menos eficaz, ou aumentar sua concentração no organismo, elevando o risco de overdose. Algumas combinações, como antidepressivos, remédios para insônia e analgésicos, podem provocar sonolência extrema, queda da frequência cardíaca e respiratória, e, em casos graves, levar ao coma ou até a morte.
A recomendação e que os foliões tenham atenção redobrada ao consumo de álcool, especialmente se estiverem sob tratamento medico, evitando possíveis complicações que possam transformar a festa em um problema de saúde.
Certos medicamentos também interagem com tipos específicos de bebida alcoólica. Por exemplo, antibióticos como metronidazol – que atende uma ampla gama de doenças e e de uso comum no Brasil, podem causar efeitos colaterais mesmo após a interrupção do tratamento. Já os inibidores da monoamina oxidase, enzima que quebra neurotransmissores como a dopamina, norepinefrina e serotonina, usados para depressão, podem provocar um perigoso aumento da pressão arterial quando combinados com cervejas artesanais ou caseiras.
Confira alguns efeitos colaterais da interação entre álcool e medicamentos
Hepatite medicamentosa: mistura de álcool e paracetamol
Potencialização do efeito do álcool: dipirona
Sangramentos gastrointestinais: ácido acetilsalicilico (AAS) e anti-inflamatorios
Tontura, vertigem, fraqueza e confusão: inibidores de apetite
Hipoglicemia: insulina
Aumento do efeito sedativo e risco de insuficiência respiratória: calmantes e antidepressivos
Vômitos, palpitação e cefaleia: antibióticos
Redução da eficácia e risco de intoxicação: anticonvulsivantes
Como se proteger
A recomendação é simples: se você faz uso de qualquer medicamento, converse com seu medico ou farmacêutico antes de consumir bebidas alcoólicas. Também e importante ler atentamente a bula dos remédios para evitar riscos desnecessários.
Para quem quer aproveitar o carnaval sem preocupações, a dica e beber com moderação, manter-se hidratado e, sempre que possível, optar por alternativas não alcoólicas. Afinal, a festa e muito mais divertida quando a saúde esta em dia