Sociedade Brasileira de Hipertensão lança campanha para controle da pressão
Iluminação do Cristo Redentor abre calendário em preparação para Dia Mundial da Adesão, marcado para 27 de março, movimento da World Heart Federation
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Siga noO Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, ficou iluminado, nessa quarta-feira (26) em vermelho e azul, reforçando a necessidade de conscientização sobre a hipertensão arterial e o impacto na saúde da população brasileira. A iniciativa marca um chamado estratégico a grandes empresas e setores da gestão da saúde pública para se tornarem aliadas no enfrentamento dessa doença silenciosa. A iluminação do monumento abre o calendário em preparação para o Dia Mundial da Adesão (World Adherence Day), marcado para 27 de março, movimento da World Heart Federation.
A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, responsáveis por 30% das mortes no Brasil. Estima-se que mais de 50 milhões de brasileiros entre 30 e 79 anos tenham pressão alta, mas cerca de 70% não conseguem manter o controle. Além das complicações já reconhecidas, como o infarto e o acidente vascular cerebral, recentes publicações alertam para o ressurgimento da hipertensão não tratada: a hipertensão maligna, condição em que os rins e coração são afetados ao mesmo tempo e de forma acelerada.
O principal motivo dessa nova descoberta, que é subdiagnosticada e apresenta alta mortalidade e morbidade, quando não tratada apropriadamente, é a falta de controle da pressão arterial, alerta a SBH.
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A Aliança Onda tem como meta fazer com que 70% dos pacientes hipertensos brasileiros estejam com a pressão arterial controlada até 2030. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), se o Brasil alcançar 50% de controle, 365 mil mortes já seriam evitadas. “Precisamos de uma mobilização nacional para mudar esse cenário. Ao se juntar à Aliança Onda, as organizações não apenas contribuem para a qualidade de vida dos brasileiros, mas também exercem um importante papel social, promovendo a saúde cardiovascular no país e ajudando a salvar vidas”, afirma o Luis Cuadrado Martin, presidente da SBH.
A adesão e a persistência no tratamento podem reduzir os casos de insuficiência cardíaca em 53%; diminuir em 37% a ocorrência de infarto agudo do miocárdio; e evitar complicações por acidente vascular cerebral (AVC) em 81% das ocorrências, além de reduzir em 30% a mortalidade por todas as casas.