Os fetiches e preferências individuais das pessoas sempre despertam curiosidade e, muitas vezes, acabam gerando polêmicas por ainda serem tabus. No BBB25, um momento inusitado chamou atenção do público: Diogo pediu para chupar o pé de Aline, gerando diversos comentários nas redes sociais. A sister reagiu imediatamente, rindo da situação e recusando o pedido de forma bem-humorada: "Aqui não, pelo amor de Deus! Aqui não." 

Por que fetiche por pés é tão comum?
 

O fetiche por pés, conhecido como podolatria, é uma das preferências mais comuns. Segundo o sexólogo Vitor Mello, o interesse por essa parte do corpo pode ter relação com a sensualidade, o simbolismo ou até mesmo o cuidado com os pés, tornando a prática um estímulo para muitos. “Quando os pés estão bem cuidados, o fetiche por eles pode ser uma fonte de prazer e conexão entre os parceiros. Além disso, o ato de beijar, massagear ou chupar os pés é visto por alguns como uma forma de rendição ou um jogo de poder entre os parceiros - e parte das preliminares de uma relação sexual", explica.

 


Ainda segundo Vitor, a podolatria tem gerado um mercado crescente na internet. Hoje em dia, é comum a troca de pacotes de fotos e vídeos dos pés, comprados e vendidos por valores variados em sites. A sexologia clínica tenta explicar o fetiche por pés de diversas formas, sem um consenso absoluto. Uma teoria neural aponta que há uma proximidade no cérebro entre as áreas responsáveis pelas sensações genitais e as que processam estímulos nos pés e, além disso, os pés também são considerados zonas erógenas ou áreas sensíveis ao toque, assim como as mãos e outras partes do corpo.

O sexólogo comenta que os fetiches fazem parte da sexualidade e podem ser uma forma divertida de explorar o desconhecido, além de intensificar a intimidade. "O fetiche não é, necessariamente, algo estranho. É importante entender que existem tabus relacionados ao sexo e que essa descoberta pode aumentar a libido, criar conexão e fortalecer a intimidade", destaca o especialista.

Para ele, o mais importante é que todas as práticas sexuais sejam discutidas abertamente e acordadas entre os parceiros. Caso um deles tenha algum desejo ou fetiche, o ideal é compartilhar o que gosta e escutar sobre o que seu parceiro gosta.

“É fundamental lembrar que o fetiche é algo pessoal e faz parte de cada indivíduo. Em um relacionamento, mesmo que o que o parceiro traga seja novo ou diferente, é importante entender que é uma parte dele. A verdadeira conexão acontece quando ambos se sentem à vontade para explorar esse fetiche juntos.”

Além disso, para aqueles que desejam experimentar o fetiche dos pés, é essencial garantir uma boa higienização, com corte adequado das unhas para evitar ferimentos. O fetiche só deve ser considerado um transtorno quando causa incômodo à própria pessoa por um período superior a seis meses. Caso contrário, o mais importante é que a experiência seja consensual e prazerosa para todos os envolvidos.

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