O Fevereiro Roxo é o mês da conscientização sobre três doenças crônicas que afetam milhões de pessoas: Alzheimer, lúpus e fibromialgia. Embora nenhuma delas tenha cura, a prevenção e o diagnóstico precoce podem retardar sua progressão e garantir mais qualidade de vida. Entenda como hábitos saudáveis e acompanhamento médico podem fazer toda a diferença.

Criado para sensibilizar a população sobre doenças crônicas e progressivas, o Fevereiro Roxo traz um alerta essencial: "Se não há cura, que haja conforto!" O lema reforça a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para reduzir os impactos dessas enfermidades no dia a dia dos pacientes.



As três doenças abordadas pela campanha são:

  • Doença de Alzheimer: uma condição neurodegenerativa que causa perda progressiva da memória e comprometimento cognitivo.
  • Lúpus eritematoso sistêmico (LES): doença autoimune inflamatória que pode afetar a pele, articulações, órgãos internos e o sistema nervoso.
  • Fibromialgia: síndrome caracterizada por dores crônicas generalizadas, fadiga e distúrbios do sono.

“Embora tenham causas e impactos diferentes, essas doenças compartilham um fator crucial: o diagnóstico precoce e a adoção de um estilo de vida saudável podem fazer toda a diferença na qualidade de vida dos pacientes”, informa o médico Ronan Araujo. 
 

Como reduzir os riscos?

A ciência ainda não descobriu formas definitivas de prevenir essas doenças, mas pesquisas indicam que certos hábitos podem reduzir o risco de desenvolvimento e amenizar os sintomas. Veja o que a medicina recomenda para cada uma delas:
 

1. Alzheimer: estímulo mental e alimentação são essenciais

O Alzheimer é uma das doenças mais temidas, pois afeta a memória e a autonomia do paciente. Estudos mostram que é possível retardar seu avanço com ações preventivas:

  • Alimentação anti-inflamatória: dietas ricas em antioxidantes, como a dieta mediterrânea, ajudam a reduzir o estresse oxidativo no cérebro. Priorize peixes ricos em ômega-3, frutas, vegetais e azeite de oliva
  • Estimulação cognitiva: ler, aprender um novo idioma, tocar instrumentos musicais ou praticar jogos de estratégia mantém o cérebro ativo
  • Atividade física regular: o exercício melhora a circulação sanguínea cerebral, reduzindo o risco de neurodegeneração
  • Sono de qualidade: dormir bem auxilia a eliminação de toxinas cerebrais acumuladas ao longo do dia, prevenindo a deterioração dos neurônios

2. Lúpus: como controlar a inflamação e evitar crises

O lúpus é uma doença autoimune que pode desencadear inflamações severas em diferentes órgãos. Embora não tenha cura, alguns cuidados ajudam a reduzir o risco de surtos e controlar os sintomas:

  • Evitar exposição solar excessiva: a radiação UV pode desencadear crises em pacientes com lúpus. O uso de protetor solar diário é fundamental
  • Dieta equilibrada: reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar ajuda a modular a resposta inflamatória. Alimentos ricos em polifenois e ômega-3, como cúrcuma, gengibre e peixes, auxiliam no controle da inflamação
  • Controle do estresse: o estresse pode desencadear crises de lúpus. Técnicas de relaxamento, como meditação e ioga, são aliadas importantes
  • Acompanhamento médico contínuo: o uso adequado de medicamentos imunomoduladores e anti-inflamatórios pode minimizar os impactos da doença no organismo

3. Fibromialgia: movimento e estratégias para alívio da dor

A fibromialgia é uma síndrome complexa, caracterizada por dor crônica generalizada, fadiga extrema e distúrbios do sono. Como os exames laboratoriais não detectam a doença, muitas vezes o diagnóstico demora anos. No entanto, algumas estratégias ajudam a minimizar os sintomas:

  • Atividade física adaptada: exercícios leves, como pilates, natação e caminhada, melhoram a resistência muscular e reduzem a sensibilidade à dor.
  • Alimentação anti-inflamatória: evitar glúten, laticínios e industrializados pode ajudar na regulação dos processos inflamatórios.
  • Sono reparador: melhorar a higiene do sono é crucial, pois pacientes com fibromialgia frequentemente sofrem com insônia e noites mal dormidas.
  • Terapias alternativas: acupuntura, fisioterapia, técnicas de respiração e suplementação de magnésio e triptofano podem contribuir para o alívio das dores e do cansaço.

“Apesar de não terem cura, Alzheimer, lúpus e fibromialgia podem ser controlados com acompanhamento médico e ajustes na rotina. Quanto mais cedo as doenças forem diagnosticadas, melhor será o manejo dos sintomas e a qualidade de vida do paciente”, destaca Ronan. 

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