Você já deve ter ouvido falar que o descanso apropriado é fundamental para a hipertrofia e a prevenção de lesões. O que nem todos sabem, porém, é que descansar não significa necessariamente ficar em casa de pernas para o ar. Pelo contrário. Cada vez mais, os especialistas têm reforçado a importância do descanso ativo para o processo de recuperação muscular.

Recentemente, uma pesquisa desenvolvida por pesquisadores espanhóis e publicada no Strenght and Conditional Journal fez uma revisão bibliográfica de dezenas de estudos sobre o tema e concluiu que a realização de exercícios de baixa intensidade em relação ao nível de condicionamento do aluno trazem benefícios que vão da aceleração do retorno do retorno do músculo ao seu estado normal até a melhora da percepção de dor.



Acadêmicos apontaram que a recuperação ativa estimulada por trabalhos como musculação com cargas mais baixas, trotes, caminhadas e pedaladas provocam a melhora do fluxo sanguíneo e a consequente maior disponibilização de nutrientes, assim como a otimização da eliminação de resíduos metabólicos produzidos durante esforços de alta intensidade.

Embora endosse esses apontamentos científicos com sua experiência prática, o treinador da Smart Fit Daniel Silva afirma que, para ser realizado de maneira segura, o treino voltado ao descanso ativo demanda alguns cuidados específicos.

“Quando falamos de musculação, costumo destacar duas opções a depender do nível de condicionamento do aluno e do quanto ele está fatigado naquele momento. A primeira é a realização de exercícios multiarticulares de baixa intensidade pelo fato deles distribuírem a carga em diversos músculos. A outra possibilidade  é a realização de trabalhos segmentados, também em baixa intensidade, nos músculos menos desgastados. Ou seja, se os membros superiores estão fatigados, treina-se os inferiores visando o aumento de fluxo sanguíneos, aumento de temperatura corporal e a disponibilidades de nutrientes”, indica o profissional.

Daniel Silva reforça que a escolha pela recuperação ativa ou passiva exige uma boa dose de bom senso dos alunos e treinadores. Isso porque, se nos dias posteriores a estímulos muito intensos, o aluno perder sua capacidade de produção de força de maneira muito significativa, o mais indicado, segundo ele, é o descanso completo.

“A identificação da magnitude desta perda da força varia de acordo com a experiência do praticante. Para os iniciantes, o nível de dor tardia, aquela que vem de 24h a 48h após o estímulo, pode ser um parâmetro. Já para indivíduos bem treinados, a aplicação de testes funcionais são mais indicados”.

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