Entenda como a menopausa pode estar por trás das dores nas articulações
Traumatologista do esporte orienta como prevenir e aliviar os sintomas
compartilhe
Siga noAlterações de humor, sensação de fadiga, diminuição da libido e ondas de calor são alguns dos sintomas mais comuns quando o assunto é a chegada da menopausa. É nesse período desafiador da vida da mulher que a saúde dos ossos e articulações mais sofre, afetando diretamente a rotina e o bem-estar diário, sendo uma das principais queixas no consultório.
- Por que a menopausa afeta a pele e os cabelos?
- Menopausa: quanto dura e o que acontece na fase marcada por incógnitas
Por isso, para o médico ortopedista e traumatologista do esporte, Bruno Canizares, é fundamental que a mulher tenha consciência de como prevenir, tratar e aliviar o impacto dessas consequências nas articulações.
Estar na menopausa significa passar por uma queda natural na produção dos hormônios sexuais femininos, o estrogênio e a progesterona, os quais têm papel fundamental no equilíbrio do corpo durante a fase reprodutiva da mulher. Quando uma desregulação acontece, todo o organismo sente, afetando a qualidade do sono, o metabolismo, o humor, as emoções, a pele e a disposição da mulher, além de causar alterações na estrutura das articulações.
“O estrogênio tem papel fundamental na saúde, tanto dos ossos quanto das articulações. Sendo assim, quando acontece uma deficiência desse hormônio após a menopausa, é comum que as articulações passem a sofrer com inflamações e degenerações, além de quadros de rigidez, causados pela diminuição na produção do líquido responsável por manter a lubrificação da estrutura”, explicou Bruno.
Leia Mais
Sintomas
As articulações mais afetadas geralmente são as das mãos, dos joelhos, dos quadris e da coluna. Entre os sintomas mais comuns estão a dor, que pode variar de leve até mais intensa, o inchaço e a limitação dos movimentos causada pela rigidez. A gravidade de cada caso vai depender do histórico médico da mulher, se ela já sofreu alguma lesão anteriormente ou se tem alguma deficiência ou propensão genética a desenvolver doenças articulares.
“Como esses sintomas já são esperados e naturais do processo da menopausa, o ideal é que a mulher busque por alternativas que ajudem a prevenir problemas articulares. A principal opção é se dedicar a atividades que fortaleçam a estrutura muscular do corpo, como a musculação, que irá ancorar melhor as articulações, impedindo o avanço de muitas doenças. Além disso, o consumo de suplementação oral, de acordo com orientação médica, pode ajudar a manter a saúde das articulações”, orientou.
Porém, se a menopausa já chegou e as dores nas articulações também, algumas estratégias podem aliviar os incômodos. Manter uma alimentação saudável e anti-inflamatória, rica em ômega-3, consumindo peixes, nozes, vegetais, frutas e verduras; manter o peso dentro do adequado para a sua estrutura, já que o peso em excesso pode sobrecarregar ainda mais as articulações, piorando a dor; e praticar exercícios de baixo impacto como natação, hidroginástica e ioga são algumas delas.
Independentemente da intensidade dos sintomas, o recomendado é que a mulher tenha um acompanhamento médico durante todo o processo de pré e pós-menopausa. Assim, é possível passar por tratamentos específicos, seja com terapias hormonais, medicamentosas ou complementares, para que ela possa viver essa fase da vida com bem-estar e saúde.