Lipedema: atividade física pode melhorar a qualidade de vida
No Brasil, estima-se que cerca de 13 milhões de mulheres convivam com a doença, que muitas vezes é confundida com obesidade ou retenção de líquidos
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Siga noO lipedema, condição caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura principalmente nos braços e pernas, afeta entre 10% e 18% das mulheres no mundo. No Brasil, estima-se que cerca de 13 milhões de mulheres convivam com a doença, que muitas vezes é confundida com obesidade ou retenção de líquidos. Apesar de não ter cura, o lipedema pode ser controlado com um tratamento multidisciplinar, que inclui alimentação equilibrada, acompanhamento médico e a prática regular de atividades físicas.
Segundo o médico do esporte e nutrólogo Thiago Viana, o lipedema não é apenas uma questão estética, mas sim uma doença crônica e progressiva que exige uma abordagem cuidadosa. “Além da alteração no acúmulo de gordura, o lipedema pode provocar dor, sensibilidade, cansaço ao ficar de pé, dificuldade para cruzar as pernas e até hematomas frequentes devido à fragilidade dos vasos sanguíneos ao redor dessa gordura”, explica o especialista.
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O diagnóstico correto é fundamental para evitar tratamentos inadequados, como cirurgias desnecessárias, que podem piorar a inflamação do tecido gorduroso. “A cirurgia não é a primeira opção. O tratamento clínico com mudanças alimentares, atividades físicas e acompanhamento multidisciplinar deve ser a primeira abordagem”, reforça Thiago.
Exercícios recomendados
A prática regular de atividades físicas de baixo impacto é essencial para quem tem lipedema. Exercícios como natação, hidroginástica, pilates, caminhadas e ciclismo são os mais recomendados, pois ajudam na circulação e na mobilização da gordura sem causar traumas nos tecidos sensíveis.
O sedentarismo pode agravar o quadro, já que a falta de movimentação piora a retenção de líquidos e a inflamação no corpo. Manter uma rotina de exercícios e um bom nível de hidratação auxilia no alívio dos sintomas.
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A influenciadora Adriana Müller compartilhou sua experiência ao adotar uma nova abordagem para lidar com os sintomas da condição. "Sempre tive a sensação de que minhas pernas estavam inchadas. Mesmo com drenagens, nada mudava. Quando voltei ao Brasil, procurei um especialista e descobri uma tecnologia que combina exercício cardiovascular com um sistema que auxilia na redução do inchaço e da retenção de líquidos", conta Adriana.
O lipedema pode causar dor, sensibilidade e fadiga, impactando diretamente a rotina das pacientes. "Depois de incluir essa atividade na minha rotina, minhas pernas são outras. As dores diminuíram e a retenção de líquido reduziu bastante. Claro que é um conjunto de fatores: sigo as orientações médicas, faço academia e tomo suplementação, mas minha qualidade de vida mudou completamente", ressalta.
Além do exercício, o tratamento pode incluir:
- Drenagem linfática manual, para reduzir o inchaço
- Uso de meias de compressão, que ajudam na circulação sanguínea
- Acompanhamento médico constante, para avaliar a progressão da doença
- Suporte de fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos, garantindo um tratamento completo
“É fundamental que as pacientes sejam acompanhadas por uma equipe especializada para evitar intervenções cirúrgicas precipitadas ou tratamentos ineficazes. Cada caso é único, e um plano individualizado é essencial para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida”, afirma Thiago Viana.