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Cantor Netinho é diagnosticado com linfoma; entenda a doença e tratamento

Cantor esteve internado entre 25 de fevereiro e 21 de março após relatar fortes dores nas costas e dificuldade para caminhar

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O cantor Netinho, de 58 anos, foi diagnosticado com câncer do sistema linfático, também chamado de linfoma ou doença de Hodgkin. O anúncio foi feito na última sexta-feira (21/3) pelo Hospital Aliança, em Salvador (BA), e divulgado no site oficial do artista na manhã de sábado (22/3).

Netinho esteve internado entre 25 de fevereiro e 21 de março após relatar fortes dores nas costas e dificuldade para caminhar. Em nota, o hospital informou que o cantor, um dos maiores nomes do axé, está sob acompanhamento onco-hematológico da médica Glória Bonfim. Ele recebeu alta no mesmo dia do comunicado e segue em tratamento com suporte médico especializado. 


Histórico 

Em 2013, Netinho foi diagnosticado com um tumor benigno no fígado e precisou passar por uma cirurgia após sentir fortes dores abdominais. Durante o procedimento, houve o rompimento de uma veia, exigindo uma intervenção de emergência.

Nos anos seguintes, o cantor enfrentou outros problemas de saúde. Em 2019, foi submetido a um cateterismo após um exame de rotina detectar uma anormalidade. Entre 2014 e 2018, passou por diversas internações devido a trombose e três acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

O que é o linfoma?

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, que faz parte do sistema imunológico. Ele se caracteriza pelo crescimento desordenado de linfócitos, células de defesa do organismo, que podem se multiplicar descontroladamente e se espalhar pelo corpo.

A doença normalmente se origina nos linfonodos (gânglios linfáticos) do pescoço, axilas ou tórax e pode avançar para outros órgãos. Os homens têm maior propensão a desenvolver esse tipo de linfoma do que as mulheres. Ele é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos de meia-idade (30 a 39 anos) e idosos com 75 anos ou mais. 

Apesar da gravidade, os avanços na medicina possibilitam uma redução de mais de 60% na mortalidade desde os anos 1970. Atualmente, a maioria dos pacientes pode ser curada com o tratamento adequado.

Como identificar os sintomas?

Os sinais e sintomas do linfoma de Hodgkin variam conforme a localização da doença no corpo. Entre os principais, estão: 

  • Ínguas (linfonodos inchados) indolores no pescoço, axilas ou virilha
  • Febre e suores noturnos sem explicação
  • Cansaço persistente 
  • Perda de peso sem motivo aparente 
  • Coceira intensa na pele 
  • Falta de ar, tosse e dor torácica (caso o linfoma esteja no tórax)
  • Desconforto e inchaço abdominal (se estiver na região pélvica ou abdominal)

Embora esses sintomas possam estar relacionados a outras condições, é essencial procurar um médico caso persistam por vários dias.

Há como prevenir a doença?

Não existem medidas preventivas eficazes contra o linfoma de Hodgkin. No entanto, trabalhadores expostos a substâncias químicas, como agrotóxicos e solventes, podem apresentar maior risco. O uso de equipamentos de proteção individual e a substituição de substâncias cancerígenas por alternativas seguras são medidas recomendadas para minimizar o perigo.

Diagnóstico e tratamento

A detecção precoce do linfoma de Hodgkin é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento. O diagnóstico pode ser feito por meio de exames clínicos, laboratoriais e de imagem.

O tratamento varia conforme o estágio da doença, mas geralmente inclui quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, imunoterapia ou transplante de medula óssea.

Apesar de não haver um exame de rastreamento específico para a população em geral, o diagnóstico precoce é essencial para um prognóstico mais positivo. Por isso, qualquer sintoma persistente deve ser avaliado por um profissional de saúde.

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