BOM O SUFICIENTE?
Síndrome do Impostor: entenda padrão do comportamento de Justin Bieber
Especialista em comportamento, Gisele Hedler dá dicas para quem sofre com esse tipo de insegurança
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28/03/2025 12:34
- atualizado em 28/03/2025 14:30
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Você já sentiu aquela sensação incômoda de não ser bom o suficiente, de estar enganando as pessoas ao seu redor sobre suas verdadeiras capacidades? Já teve medo de ser "desmascarado" a qualquer momento, mesmo diante de conquistas e reconhecimentos? Se sim, você pode estar familiarizado com a síndrome do impostor. Essa condição psicológica, que afeta pessoas de todas as esferas da vida, é mais comum do que imaginamos. A discussão sobre o tema ganhou ainda mais destaque na última semana, quando o cantor Justin Bieber compartilhou abertamente sua luta contra a síndrome do impostor.
Para Gisele Hedler, especialista em comportamento e saúde emocional, essa abertura de celebridades tem sido importante para desmistificar o assunto e mostrar que a síndrome do impostor não escolhe idade, fama ou sucesso. Essa condição psicológica é caracterizada por uma crença persistente de que não somos tão competentes ou talentosos quanto os outros percebem, apesar das evidências em contrário.
“As pessoas que sofrem da síndrome do impostor tendem a internalizar seus sucessos como resultado de sorte, manipulação ou engano, e atribuem seus fracassos a suas próprias deficiência. O que é preocupante é que muitas pessoas que vivenciam a síndrome do impostor sofrem caladas. O medo de serem julgadas, de parecerem incompetentes ou de serem vistas como "fracas" as impede de compartilhar seus sentimentos e buscar ajuda. Essa internalização pode levar a um ciclo vicioso de ansiedade, estresse e até mesmo a problemas de saúde mental mais sérios”, comenta Gisele.
A especialista ressalta que é fundamental entender que a síndrome do impostor não é uma falha de caráter ou uma demonstração de falta de talento. É um padrão de pensamento e comportamento que pode ser trabalhado e superado. A especialista em comportamento e saúde emocional dá algumas orientações que podem ser úteis no dia a dia:
Reconhecer e celebrar suas conquistas: Mantenha um registro de suas realizações, por menores que sejam, para ter evidências concretas do seu valor.
Desafiar pensamentos negativos: Questionar a validade dos pensamentos de autossabotagem e buscar evidências que os contradigam.
Conversar sobre seus sentimentos: Compartilhar suas experiências com pessoas de confiança pode trazer alívio e perspectiva.
Buscar apoio profissional: Terapia e aconselhamento podem fornecer ferramentas e estratégias personalizadas para lidar com a síndrome do impostor.
Praticar a autocompaixão: Tratar-se com gentileza e compreensão, reconhecendo que todos cometem erros e enfrentam desafios.